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sábado, 28 de março de 2015

Relatos de vítimas dos abusos dos soldados aliados.



ELES NÃO VINHERAM SOMENTE COMO LIBERTADORES: DEPOIS DA GUERRA E NO PERÍODO DA OCUPAÇÃO MUITOS SOLDADOS DO LADO DOS ALIADOS VIOLENTARAM E ABUSARAM DE MULHERES ALEMÃS. 

"Quando a guerra acabou mais de 860 mil mulheres e meninas, mas também homens e jovens, foram abusados pelos soldados e oficiais do lado dos aliados . "Acontecia em todos os lados." Miriam Gebhardt começa com essas palavras sua análise dos acontecimentos de 1945 e que deixaram sombra até hoje. 

Depois da derrota dos alemães, aumentou o medo da população, principalmente no lado leste, de uma Revanche por parte das tropas soviética. Uma grande parte desse medo se deu devido a propaganda dos nazistas que sempre alertou da maneira animal como os soldados soviéticos poderiam agir. E eles estavam, de certo modo, certos: violações, abusos e assassinatos aconteciam repetidas vezes. 

• Testemunho de Otto H , assim que terminou a guerra:
" Minha sobrinha foi abusada sexualmente por 15 oficiais russos, em um quarto ao lado. Minha mulher foi arrastada até o celeiro e também foi abusada. Depois a prenderam na cavalariça e as 5 horas da manhã , a ameaçando com uma arma, a violentaram outra vez. Depois que a colónia foi embora, encontramos minha minha mulher debaixo de um monte palha, ela tinha se escondido ali com medo." 

A historiadora Gebhardt descreve esses acontecimentos no seu novo livro "Quando os soldados chegaram". "Para escrever esse livro , eu pesquisei durante um ano e meio. Meu interesse pessoal era despertar a pespectiva das vítimas". Ela tentou evitar um emaranhado de histórias de abusos sexuais, como em outros livros. " Eu quis reconstruir os casos mas com todo cuidado possivel". 

Os terríveis casos não aconteceram somente no lado onde o exército vermelho fazia das suas, do lado britânico, francês e americano também houve casos de violações em massa, as vezes por vários dias. 

Não é de se admirar que os casos que aconteciam do lado ocidente tenham sido tratados de outra maneira. Isso se deve ao que para os contemporâneos e também para alguns historiadores algumas mulheres se aproveitavam disso. 

Como dizia o lema: " os americanos precisaram de seis anos para derrotar os soldados alemães, mas para conseguir uma alemã eles precisavam somente de um dia e de uma barra de chocolate". 

Os soldados do lado ocidental tinham o que se precisava com urgência : alimentos, cigarros, nylon. A impressão que se tinha era que aqui não se tratava de um tipo de abuso e sim de prostituição, mas que na maioria das vezes não correspondia a realidade. Logo esse conceito fez com que as vítimas sofresse acusações e fossem colocadas nas escórias da sociedade.

"É difícil de encontrar alguma testemunha mulher que tenha coragem de falar se tiveram alguma coisa com soldados ocidentais". Diz Gebhardt. Isso se deve primeiro porque a propaganda nazista não ter preparado uma imagem animalistica de vingadores dos soldados ocidentais como fez com os soviéticos e segundo porque as autoridades tinham eles como os libertadores e não se mostravam dispostos a receber as acusações. Esses reconhecimentos de Gebhardt se baseia em relatos de padres.

Na opinião da época , as vítimas foram feitas responsáveis pelo sofrimento que passavam. Elas foram chamadas de "Veronika Dankeschön " ( obrigado, Verónica. Em tradução livre ) e o tratamento com elas foram brutal. 

Muitas das mulheres degradadas foram internada em sanatórios. As mulheres não foram castigadas somente por se envolver com homens ou serem obrigadas a isso. Bastava um vestido provocante ou um passeio a noite. "Depois do primeiro abuso elas tinham que conviver com a violência da desconfiança." Gebhardt. 

• 8. De maio de 1945 , nas redondezas de Magdeburg. 
"Os oficiais começaram a conversar, logo chegou um homen alemão e através de um tradutor ele falou que sua filha de 12 anos tinha sido abusada por um soldado russo. Ele apontou para um soldado. Foi a primeira vez e espero que seja última, que vi uma pessoa ser agredida até à morte." Relato de uma testemunha. 

Durante as pesquisas, um caso em especial tocou Gebhardt. " É a história de uma menina que perdeu toda sua família e durante a fuga foi abusada e depois se juntou a uma gangue de rua. Depois ela volta e cai nas garras dos 'assistentes sociais' . Uma coisa era clara: os lares assistenciais não eram nenhum paraiso. Ninguém cuidou da menina. " Para muitas das vítimas não tinha nenhum final feliz. 
Essa história mostra uma dimensão do drama das mulheres que não conseguiram fugir do seu carma. 

Matéria do site Focus.de e traduzida por mim.

Um comentário:

  1. Os franceses preferiam as forças de ocupação alemã do que os "libertadores" soviéticos (selvagens) e americanos (estrupadores).

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