O POLACO WITOLD PILECKI, DEIXOU - SE SER LEVADO VOLUTARIAMENTE PARA O CAMPO DE CONCENTRAÇÃO DE AUSCHWITZ. SEUS RELATOS DEVERIAM MOTIVAR OS ALIADOS. POSTERIOMENTE ELE LUTOU ABERTAMENTE CONTRA OS NAZISTAS E FOI FINALMENTE VÍTIMA DO TERROR STALINISTA. VOCÊ TERIA A CORAGEM QUE ELE TEVE?
Logo no fim da segunda guerra mundial, surgiu muitos relatos de sobreviventes do centro de concentração de Auschwitz. Esses relatos influênciaram o chamado Protocolo de Auschwitz que foi usado no processo contra os crimes de guerra em Nuremberg.
O que poucos sabem é que já em Outubro de 1940 o polaco Witold Pilecki, integrante de uma organização de resistência, enviava desde de dentro do centro de concentração relatos aos seus companheiros em Varsóvia que posteriormente eram enviados as autoridades em Londres. Em 1942 Eles também receberam relatos mais detalhados sobre as organizações dos KZ(centro de concentração ) enviadas por Jan Kaski que também se havia infiltrado no centro de Bełżec. Com isso os Aliados tinham uma ideia precisa e detalhada das funções dos KZ.
Os relatos de Jan Kaski, que teve uma edição de mais de meio milhão de exempkares, causou muito euforia nos Estados Unidos em 1944. Por isso a pessoa de Witold Pilecki continuo desconhecido. Ele era um capitão do exército conservador e nacionalista que já em 1919/1920 lutou contra os Bolcheviques e que entrou novamente em ação em 1939. Depois dos ataques de Hitler, ele entrou para clandestinidade e fundou a "Armia Krajowa" ,um grupo de resistência.
Quando Pilecki descobriu que no sudeste de Krakau na pequena cidade de Auschwitz foi construído um centro de concentração para presos polacos, ele deixou que lhe prendessem e lhe deportassem para esse centro. De lá ele queria mandar relatos ao governo polaco que estava no exílio e assim criar um rede de resistência.
Foram os primeiros e autênticos documentos sobre o holocausto. Minucioso e tocante, Pilecki relatava sobre o dia a dia de pavor e o perigo que sua vida estava correndo. Aliados se mostravam desconfiados ao receber as mensagens. Em 1942 através de um rádio transmissor secreto ele envia mais detalhes. Os Aliados reagiram notoriamente com hesitação e indiferença. Para eles os relatos eram totalmentes exagerados. Quando já não podiam mais fingir de cegos, argumentaram que Auschwitz estavam muito distante para um ataque aéreo e por isso muito arriscado.
O desejo de Pilecki por um ataque aéreo, para destruir a logística do KZ não foi atendido.
Já que ele não via nenhuma possibilidade de intervenção, ele teve que se conformar com sua ação de agente. Com muita sorte , já que os serviços de segurança estavam a procura dos integrantes da sua organização, ele consegui fugir.
Em 1943 ele volta a Varsóvia e integra o serviço secreto de informação da "Armia Krajowa". Depois ele foi integrante de uma organização anti-comunista que teria preparado resistência contra a ocupação soviética.
Depois da libertação da Polónia , ele se engajou outra vez como oficial de informação, onde juntou provas contra os horrores cometidos pelos soviéticos, de modo que o serviço secreto polaco lhe prendeu e em Março 1948 ele foi levado a julgamento condenado a morte por espionagem.
Os relatos de Witold Pilecki podem ser encontrados no Livro: Freiwillig nach Auschwitz. Die geheimen Aufzeichnungen des Häftlings Witold Pilecki. ( volutariamente em Auschwitz. As anotações secretas do preso Witold Pilecki ). 19€ , 256 páginas.
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