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domingo, 29 de março de 2015

5 coisas que os americanos descobriram sobre Hitler após fazem um psicograma sobre o que se passava pela cabeça dele.





O QUE PASSAVA PELA CABEÇA DE ADOLF HITLER? EM 1943 O PROFESSOR DA UNIVERSIDADE DE HAVARD , HENRY MURRAY, RECEBEU DOS AMERICANOS A MISSÃO DE DESCOBRIR ISSO. 

"Conheça a teu inimigo e conhecerá a te mesmo, e em 100 batalha não correrás perigo. " É uma sabedoria chinesa sobre estratégias. Certamente os Office of Stratetegic Service (OSS), o antecessor do serviço secreto americano CIA, também sabiam disso e em 1943 deram uma missão ao professor Herry Murray, da universidade de Harvard, de fazer um psicograma do ditador Adolf Hitler. Veja agora as cincos coisas que americanos descobriram sobre ele. 

1. HITLER TEVE UMA INFÂNCIA DIFÍCIL. 
De acordo com Murray, durante sua infância, Adolf Hitler sofria de um complexo de inferioridade provocada por sua pequena e fraca estatura. Ele evitava fazer esforço e não tinha interesse em esportes. Ele recusou o serviço militar austríaco. Ele não ia a escola porque tinha vergonha de ser pobre.

De acordo com o estudo de 1943, para compensar essa fraqueza, ele venerava forças brutais, violência corporal e conquistas militares. O pesquisador ainda descrevia a vida sexual dele como altamente sádico , que humilhava e usava suas parceiras.

2. HITLER ODIAVA SEU PAI

Murray diagnósticou que Hitler tinha complexo de Édipo. Ele tinha mais afinidade com sua mãe e odiava a seu pai.

Murray acredita, que quando Hitler era criança, ele tenha visto seu pai fazendo sexo e isso pode ter provocado uma perturbação psicológica. De aí em diante ele via em seu pai um inimigo, tirano que humilhava e mostrava sua masculinidade sobre a família. 

3. ELE ERA INCAPAZ DE PRATICAR SEXO NORMAL

De acordo com Murray, uma ex namorada de Hitler lhe revelou que ele era incapaz de executar uma relação sexual. Por isso ele tinha a nescessidade de provar sua masculinidade perante os outros homens. 

4. PARA ELE, SEXO ERA UMA COISA SEBOSA

O pesquisador também tinha uma explicação para essa loucura de limpeza racial. Quando ele tinha 12 anos, lhe pegaram fazendo experimentos sexuais com uma pequena menina. Depois disso ele pegou um medo incrível de pegar doenças sexuais como sífilis. 

Ele também temia que seu sangue ficasse impuro ao ter contato com mulheres. O pesquisador acredita que esse temor era porque ele ligava sexo com excrementos. 

5. ELE VIA NOS JUDEUS VÍTIMAS FÁCEIS 

Mas o que fazia de Hitler tão malvado? Murray acredita que ele precisava projectar toda sua raiva e incapacidade em cima de alguém e via nos judeus europeus um alvo para isso. Pois esses não podiam se defender com o próprio punho e nem com armas. O preconceito antisimitista e as caricaturas da época mostrava uma ligação entre os judeus e tudo que Hitler odiava; Espírito para os negócios, comunismo, capitalismo e democracia. 

* texto traduzido por me do site focusonline.de.

E se Hitler tivesse ganhado a guerra?

COMO SERIA O MUNDO, COMO SERIA A ALEMANHA SE HITLER TIVESSE GANHANDO A GUERRA? OS NACIONAIS SOCIALISTA TINHAM PLANOS CONCRETOs PARA A CHAMADA ''VITÓRIA FINAL''. COM A AJUDA DA ITÁLIA E DO JAPÃO, PRIMEIRO SERIA A EUROPA AO QUAL SERIA SUBMETIDA ÃO NACIONAL SOCIALISMO E POSTERIOMENTE TODO O MUNDO. COM UM GRANDE IMPÉRIO GERMÂNICO, COMPARANDO-SE SOMENTE AO IMPÉRIO ROMANO E A BABILONIA, ONDE A CAPITAL SERIA BERLIN.


''Se Hitler tivesse ganhando a guerra'' é um conhecido livro que se oculpa em estudar a ordem mundial depois da vitória do Nacional Socialismo. O autor, Ralph Giordano, não via somente Hitler como o resposável para esses planos e nem seus subordinados, ele remete isso a ''quase um consenso coletivo entre esse lider e uma esmagadora maioria do povo.''

Giordano, como filho de uma judia, sofreu as represálias do regime nazista. Sua obra foi apoiada em diversos estudos cientifícos, uma parte no livro ''o processo de Nuremberga'' de Joe L. Heydecker e Johannes Leeb. Os autores reuniram depoimentos e documentos do processo em Nuremberga contra os principais criminosos da guerra e tiveram condições de desenhar uma abrangente imagem da ordem mundial caso os alemães tivessem ganhando a guerra.

PLANOS PARA A EUROPA




Para Hitler e seus confidentes, assim que terminasse a guerra com a ajuda da Itália e do Japão, eles iriam fazer uma conferência de paz .A parte essêncial dos planos nazistas; a submissão europeia. Países como Suécia, Dinamarca, Belgica, Luxemburgo e os países baixos seriam incorporados, por completo ou em partes, ao terceiro Reich. França e países bálticos deveriam permanecer sobre uma constante submissão e parte da França seria anexada. Existia um plano para invadir até mesmo a neutra Suiça.

Em relação a Grã-Bretanha, Hitler estava dividido: Por um lado, na opinião dele, os britânicos eram o povo mais ariano, depois dos alemães, por outro lado, eram um povo governado por judeus porcos. Para Hitler a Grã-Bretanha deveria ficar neutra, ou pelo menos, apoiar a Alemanha no processo de conquistar o mundo. Mas na verdade a Grã-Bretanha via Hitler como um perigo para seus próprios interesses. Depois que os alemães invadiram a Polónia em 1939, os britânicos declaram guerra a Alemanha. Por fim ficou claro para os nazistas que a Grã-Bretanha deveria então ficar completamente sob os alemães.

Porém o elemento principal da ideia dos nazistas para a nova reorganização da Europa e do mundo era a oculpação da União Soviética e o extermínio de 30 milhões de eslavos. Hitler queria conquistar o país até os montes Urais e estabelecer um novo modo de vida. Em partes da União Soviética seriam contruídas cidades, onde os alemães autorizariam pessoas de outras nacionalidades, como dinamarqueses, suecos, noruegueses e neerlandeses, a viverem. Os russo só poderiam viver a um raio de 30 a 40 km e deveriam ser escravizados e servir aos alemães. Como muita outras cidades do leste , Hitler queria devastar Moscou e construir, sobre a cidade, uma grande represa.

Ademas , Hitler e seus outros líderes, planejavam oculpar o Vaticano e sequestrar o papa. Em todos os países oculpados seriam instaldos antipapas; nas ideias dos nazistas, os grupos de católicos seriam colocados uns contra os outros e a influência da igreja católica e o cristianismo, como um todo, desapareceriam. Logo depois os nazistas queriam introduzir uma nova instrução baseada em uma mistura de adoração a Odín (um deus germânico) e dogmas indo-persas. 

PLANOS PARA O MUNDO


Hitler e seus seguidores sonhavam com um grande império germânico. Nisso , não só a Europa estaria baixo os alemães, mas sim todo o mundo. Depois de anexar grande parte da Europa, seria a vez de todo o continente africano ser colonizado e também partes significantes da Ásia e assim enfraquecer o império britânico. Quando tudo isso acontecesse seria a hora da ''batalha final'' que deveria ser travada entre as duas grandes potências, Alemanha e Estados Unidos. Para isso deveria ser produzidas grandes esquadras de bombas, que poderiam atravessar o atlântico sem a nescessidade de reabastecimento, fazendo os americanos se submeter ao grande império germânico. 

Quando a batalha acabasse os Estados Unidos deveriam ser reorganizados. Os planos de Hitler era que os grupo de americanos, com descendência alemã, deveria aumentar e fazer do país uma nação de povos alemães. O confidente de Hitler, Alfred Rosenberg, se preoculpava muito com o problema de raças nos Estados Unidos. Ele queria transferir os negros e os judeus para Madagaskar. É claro que ele disse isso durante o processo de Nuremberga, esperando receber uma pena mais branda. Talves eles queriam continuar o aniquilamento de judeus la também.

PLANOS PARA ALEMANHA




A Alemanha deveria florecer; Deveria existir premios para as cidades e povoados que ao final da guerra conseguisse se reerguer e que tivesse se transformado em belas cidades. As autobahnen (as estradas alemães) deveria cruzar não só a Alemanha e sim todo o império. Hitler também sonhava com um super trem que ligasse as principais cidades com uma velocidade de 200 km e para isso os arquitetos nazistas já tinham projetos preparados; Berlin deveria ter espaço para 8 milhões de pessoas e deveria se chamar ''Germania''. Essa deveria ser a capital do império. Como em Berlim, deveria surgir também em Munique magnificas ruas, arcos do triunfo e suntuosas arquiteturas, as margens do lago de Chiemsees deveria existir uma universidade do partido com vários edifícios. O terreno para a construção já tinha sido escolhido pelos nazistas. 

Para os habitantes do império haveria regras muito rígidas; O estilo de vida de cada um tinha que ter influência do estado desde da infância, a juventudes Hitlerianas até o lar da terceira idade nazista. O estado deveria ser conduzido por uma elite de pessoas que deveria ter suas funções de acordo com seu gene; Hitler e seu confidente Heinrich Himmler queriam que esses senhores do poder fossem criados com a ajuda dos SS. Eles teriam direito até a bigamia para que o número desses senhores do poder loiros , de olhos azuis se reproduzissem o mais rápido possivel. Matrimónios , que depois de cinco anos de casados e que ainda não tivessem descendentes, deveriam se dissolver.

PLANOS PESSOAIS DO LIDERES

Hitler queria que depois da nova ordem mundia, o planeta vivesse em paz e harmonia. De acordo com Heydecker und Leeb, o fotogáfo pessoal de Hitler, Heinrich Hoffmann, teria dito uma vez que ele, Hitler , teria escolhido o povoado de Obersalzberg im Berchtesgadener Land para viver e de lá vigiar seus sucessores. Giordano cita uma outra fonte, onde é afirmado que Hitler queria se estabelecer em Linz, Austria. Aquele que quizesse seguir as pegadas de dele, deveria mais jovem que ele. Com isso estava fora de cogitação seus homens de confiança como Himmler e Joseph Goebbels, pois eles tinham a mesma idade que Hitler. 

Himmler tinha para si próprio planos concretos; Ele queria reformar um catelo ancestral perto da cidade de Paderborn e transforma-lo em um catelo moderno, como havia sido planejado no império. Nesse novo castelo deveria ser treinado, pelo nazista, o pessoal que teriam papel de lideres. Ele também queria viver alí. Mas esse plano também não foi adiante; em 1945 ele mandou destruir e logo depois se suicidou. 

*Texto foi traduzido do site Planetwissen. Desculpem alguns erros ortográficos, pois estou digitando de um teclado alemão. Espero que seja esclarecedor

O homen que nunca mais quis ir ao médico.




O HOMEN QUÉ NUNCA MAIS QUIS IR AO MÉDICO. 

Jitzchak Ganon (85) se recusa ir ao médico desde de que ele tinha 20 anos de idade. Mesmo depois de sofrer um infarto, ele não quis ser levado ao Hospital. Somente depois de uma operação ele revelou o porque do seu pânico; KZ-Art Josef Mengele. 
Falar sobre isso é muito difícil para ele. 
"Um dia ele chegou em casa da sua voltinha diária e se deitou. Eu perguntei se estava tudo bem com ele e me respondeu que tinha um mal estar. Horas depois e ele ainda se sentia mal mas dizia que não precisava de médico. " disse sua filha Iris.
No dia seguinte ele continua mal, entao a familia resolveu chamar um médico que ao chegar constatou uma doença viral e o encaminhou para o Hospital com urgência. Jitzchak Ganon se recusa , mas por primeira vez ele sente que sua vida está em perigo. Finalmente ele aceita e vai.

Jitzchak Ganon vem de Arta, uma pequena cidade no norte da Grécia. " foi em 25. De março de 1944, tinhamos acabado de acender as velas para orar a Sabbat quando um homem do SS e um policial grego invade nossa casa e diz que temos que nos preparar para fazer uma viajem."
No seu braço está tatuado os numeros 182558. Duas semanas durou a viajem até Auschwitz. Seu pai estava enfermo e morreu durante os translado. "Ao Chegar tivemos que tirar toda nossa roupa e fomos examinados. Minha mãe e meus cinco irmãos foram direto para a câmera de gás." Jitzchak Ganon. 
Ele foi levado para o Hospital de Auschwitz , onde ali Josef Mengele , o anjo da morte, fazia seus experimentos mais macabros. 
Ganon teve que se deitar em uma cama onde foi preso. Sem anestesia , Mengele abriu seu abdómen e retirou um rim seu.
"Eu vi o rim pulsando em suas mãos e comecei chorar como um louco." Ganon. "Eu comecei a gritar 'Israel escutame e me deixa morrer e não sofrer mais' ". 
Depois da operação ele teve que trabalhar sem receber nenhum medicamento contra dor e teve limpar o sangue da sua cirugía. Ele passou seis meses e meio no hospital. Uma vez ele teve que passar uma noite inteira em uma banheira com água gelada porque Mengele queria analisar as funções do seu pulmão. Quando ele já não tinha nenhuma serventia para Mengele, ele o mandou para a câmera de gás. Ele só sobreviveu por causa de uma casualidade. Ele tinha o número 201 mas só cabia 200 pessoas.
No dia 27 de Janeiro de 1945 as tropas soviética libertaram os prisioneiros de Auschwitz. Jitzchak Ganon voltou para sua cidade na Grécia e reencontrou um único irmão sobrevivente e uma irmã e em 1949 emigraram juntos para Israel. Jurou nunca mais ir a um médico. " sempre que ele se enfermava , mesmo ele estando sofrendo, ele dizia que era só cansaço ." Disse sua mulher Ahuva. 
Mas hoje Ganon está aliviado que ele foi ao médico e fez a operação por causa do infarto e que o médico lhe salvou a vida. Ele sobreviveu pela segunda vez.



A história da bomba Atómica. Você sabia que os primeiros a iniciarem as pesquisa para uma arma atómica foram os alemães?



DURANTE A SEGUNDA GUERRA MUNDIAL, OS AMERICANOS PENSARAM JUNTOS COM CÉREBROS ALEMÃS, NA CORRIDA PELA A PRIMEIRA BOMBA ATÓMICA. ESSE ERRO ABRIU CAMINHO PARA A GRANDE CATÁSTROFE EM HIROSHIMA.

A pequena cidade de Haigerloch foi palco do último teste sem sucesso dos físicos alemães, que queriam colocar em andamento uma reacção em cadeia. Como na idade média, fracassa o intento de Werner Heisenberg. Seu opositor Robert Oppenheimer, ao contrário dele, conseguiu com violentos meios adiantar o desenvolvimento da que viria a ser a bomba atómica.
Oppenheimer tinha a sua disposição uma cidade laboratório em Los Álamos criada pelo governo americano, com 125 mil trabalhadores , dentre eles 6 que já tinham ou receberiam o prémio Nobel, e um orçamento de 20 milhões de dólares. Entretanto os primeiros experimentos para o grande projecto de armamento foi começariam na Alemanha. Em Dezembro 1935 Otton Hahn dispara Úrano contra Nêutron e descobre, para sua supresa , o bário. A princípio o químico suspeitava que talvez Átomos não eram inseparável. Com a ajuda da pesquisadora judia e fugitiva dos nazistas, Liese Meitner , ele fez a primeira fissão nuclear.
Semanas depois era possível ler em inúmeros artigos profissionais, que com a destruição de um núcleo atómico, uma quantidade imensa de energia poderia ser liberada. Logo a conversa se converteu em Super-bomba.
Cientistas que tinham emigrado da Alemanha no ano em que Hitler tomou o poder, reagiram inquietos e temerosos. Especialmente os pesquisadores ungaro Leo Szilard, Eugene Wigner e Edward Teller, o que depois foi considerado pai da bomba de hidrogénio , alertavam do perigo de uma arma devastadora nas mãos dos nazistas. Quando os três homens se encontraram com Albert Einstein em 1939, eles tinham uma missão: mandar uma célebre carta ao presidente americano Franklin D. Roosevelt com a assinatura de Albert Einstein, que naquela época já era um lendário.
Na carta, que mais tarde foi declarada por Einstein como um grande error, a conversa era sobre uma bomba extremamente forte. Depois de dois encontros com o enviado Einstein, Roosevelt decide por em andamento o desenvolvimento da bomba atómica. O resultado foi chamado de "Manhattan Project "- um grande projecto onde Roosevelt investiu 4000 vezes mais que Hitler ao desenvolver uma arma nuclear alemã. O projecto começou no dia 7 de Dezembro de 1941, casualmente um dia depois do ataque do japoneses a Pearl Harbor, o qual marcou a entrada dos Estados Unidos na segunda guerra.
O fato dos americanos pensarem, que apesar do seu violento esforço até 1944, eles estarem primeiro na corrida da bomba atómica, não é somente culpa dos alemães. Werner Heisenberg, que já era bem antes a cabeca alemã das pesquisas atómica, desenvolveu já em 1939/40 um parecer para o exército com a ideia de uma teoria de rotação.
Em 1941 Heisenberg ascendeu a diretor do Kaiser-Wilhelm-Instituts em Berlim. No final do ano ele anuncia que em três ou quatro anos a Alemanha já pode ter uma bomba atómica. Ao mesmo tempo que Hitler em 11 de Dezembro de 1941 declarou guerra a Washington, aumentava os esforços para o desenvolvimento de armas mais potentes.
Os nazistas não perdiam nenhuma oportunidade de atiçar o medo do outro lado do Atlântico. O ministro de propaganda Joseph Goebbels gravou uma zombaria aos britânicos dizendo que uma arma "maravilhosa " Tinha sido criada em Berlim. Ele nem perdeu tempo tentando enganar melhor os britânicos, e o falador Goebbels ainda diz: " Até a supresa é uma arma." Se ele estava falando das raquetas alemãs V1 e V2, os americanos só podiam no melhor dos casos suspeitar. Enquanto os alemães eram os líderes da técnica de raqueta e a "Blitzkriege " acontecia, os nazistas mal podiam se conter por causa da longa espera para o desenvolvimento da arma atómica.
Em um encontro com os líderes do governo em Junho de 1942, Heisenberg entusiasma seus mandantes com uma tentadora pespectiva. O marechal Erhard Milch, perguntou que tamanho era a bomba que ia transformar Londres em escombros e cinzas e Heisenberg lhe respondeu:" do tamanho de um abacaxi." Uma resposta correta se consideramos ao núcleo da bomba com seu desintegrável Material e não ao resto dos engenhos explosivos.
Ao mesmo tempo , no encontro secreto que o ministro do armamento Albert Speer organizou em Berlin na Harnack-Haus, Heisenberg deixava claro o grau de dificuldade do desenvolvimento da Bomba. 
Quando sua equipe foi questionada no final de 1942 pelo chefe do exército, ele falou que em dois anos a bomba ficaria pronta. Com isso os alemãe tiraram os seus pesquisadores nucleares do jogo, pois enquanto isso já em Dezembro de 1942 nos Estados Unidos entrava em funcionamento o primeiro reator nuclear.
Em 1947 o físico americano Samuel Goudsmit chegou a conclusão que Heisenberg tinha falhado ao calcular a Massa crítica, que é a quantidade necessária em Urano 235 para uma reacção nuclear. Porem mais tarde em papéis encontrados em arquivos Russos ficou claro que os militares alemães já em 1942 sabiam que de 10 a 100 quilos de Úrano enrequecido bastava. Era mesma ordem do projecto de Manhattan, que era de 2 a 100 quilos.
No seu livro " Hitlers Bombe " o historiador cientista, afirma que Hitler não só pôde ter construído uma bomba atómica como também eles a testaram. Em Março de 1945 uma equipe do Karl Diebner, concorrente de Heisenberg nas pesquisas nucleares, deve ter explodido uma combinação de fissão nuclear com uma bomba fusão em algum lugar no estado de Turíngia.
Entretanto as testemunhas interrogadas não passavam confiança. A única prova forte para um teste nuclear na Turíngia foi uma amostra do solo que deu positiva e foi apresentada em 2006. Em Dezembro de 1944 os americanos já sabiam, através de documentos roubados que os alemães ainda estavam longe de terminar sua bomba. Também através do protocolo de interrogação do Farm Hall britânico, onde os pesquisadores alemães Heisenberg, Hahn e Carl Friedrich desde de julho de 1945 estavam internados, foi constatado que os alemães estavam bem longe de possuir algum explosivo nuclear.
Já os americanos explodiram em 16 de Julho 1945 a primeira bomba Átomica do mundo.
"Eu me transformei na morte, no destruídor do mundo", exclamava Oppenheimer enquanto ele detonava a bomba "trinity " no deserto do novo México.




Mesmo sabendo do estado dos experimentos alemães e que eles já estavam derrotados, os americanos continuaram o projecto Manhattan. O por que, ainda não se sabe .
Quando o descobridor da fissão nuclear escutou pela BBC a cremação de Hiroshima, ele começou a pensar em tirar sua própria vida. "Eu não queria acreditar." Escreveu Hahn no seu diário. " nao da pra suportar a morte de tantas mulheres e crianças inocentes." Ele se sentia incrivelmente chocado e abatido. 



E com sacasmo ele diz a Heisenberg :" se os americanos agora tem  uma bomba de Úrano, vocês se tornaram seres de segunda categoría. Pobre Heisenberg . "

*Matéria da revista Spiegel.

A mulher que convenceu a capacho da SS que a levasse para Auschwitz porque ela não queria deixar sua mãe sorzinha.




EM 1943 , ERNA KORN, NAQUELA ÉPOCA COM 19 ANOS, CONVENCEU UM CAPACHO DOS NAZISTA QUE A DEPORTASSE PARA AUSCHWITZ. ELA NÃO QUERIA DEIXAR SUA MÃE SORZINHA. HOJE ELA DIZ:" NÃO ME ARREPENDO DISSO. NUNCA! EU NÃO NUNCA PODERIA SER FELIZ SE EU TIVESSE DEIXADO MINHA MÃE IR SORZINHA".

Emsland, 4 de janeiro de 2015. Erna Korn , hoje com 91 anos, vive em uma casa de tijolo, na estante foto da família e dos seis netos. Em 1943 , naquela época com 19 anos , ela convenceu a um capacho que a deportasse para Auschwitz. O que você queria em Auschwitz ? 

Eu não queria deixar minha mãe sorzinha. Isso era tudo. Meu pai já tinha morrido em 1933 e eu era a única filha. Minha mãe dizia que nós estávamos sob a proteção do meu pai, pois ele não era judeu. Para estar mais perto dela , eu parei meus estudos em Colônia e voltei para Kaiserslautern. 

Eu trabalhava em uma fundição , um dia um vizinho veio até ao meu trabalho e me disse que um homem uniformizado estava na minha casa. Quando cheguei em casa, eu escutei no cômodo ao lado uma conversa sobre deportação. Eu peguei minha mala ele me disse:" você não , só sua mãe ". Mas eu queria está com minha mãe de todo jeito, pois eu achava que nós poderíamos ajudar uma a outra. 

Eu pensei : em dois ou três meses eu serei deportada também, talvez até antes. Então eu disse; " por favor senhor, me deixe ir com minha mãe ." Ele disse;" não , não , não tem como!" No último momento ele disse; " entra, mas somente até Saarbrücken!"

Durante toda a viajem eu tentei convecer-lo. Minha mãe estava sentada do meu lado e se desfazia em lágrimas. Ela disse;" para com isso, para com isso, você sabe que a cada mês em casa pode crucial para te salvar a vida". Quando chegamos em Saarbrücken , na entrada da cadeia, oficial disse;" aqui estar o ofício de internação para mãe e para filha eu trago amanhã. " Eu podia ficar com minha mãe, ela ficou espantada. 

No outro dia eu fui chamada por um senhor chamado Zöller. Ele me perguntou; "você quer ir com sua mãe? " Eu respondi que sim . Ele disse;" Sua mãe será mandada para Auschwitz ". Aquilo foi muito duro para mim. Eu sabia muito bem o que Auschwitz significava. Eu já tinha escutado, em segredo, pela BBC sobre transporte de seres humanos em vagão de gado, das mortes, de tiros na rampa. Ele me pergunta outra vez; " E então, você quer mesmo ir com sua mãe?" Eu disse;" a onde minha mãe for, eu quero ir também." Ele me diz; " você seria um má menina, se não fizesse isso". Que sínico! Ele sabia muito bem que aquilo seria nosso fim, seria nossa morte!

Chegamos em Auschwitz, e formos fazer as tatuagens. De alguma maneira eu teria que ter ido antes da minha mãe, talvez por causa do primeiro nome dela , Jeanette Korn, com J e não com E. Então eu peguei o número dela, 50462, e ela o meu. Hoje eu já nem vejo mais esses números. É como se você tivesse uma cicatriz. Teve gente que removeram. Eu não consigo entender isso. Isso não é uma desonra para mim, é uma desonra para aqueles que nos tatuaram. 

Chegou o dia da seleção. Isso significava que um médico vinha e dizia quem tinha capacidade de trabalhar e quem não. Eu tinha alguns pontos purulentos nas duas pernas. Tínhamos que passar só de calção , de cabeça erguida, em fila , diante do médico. Minha mãe andou 10 ou 15 metros a minha frente e ela não percebeu que eu fui retirada da fila. Quando ela se virou, eu tinha sido levada para o bloco 24, o bloco da morte. 

Nós já não recebíamos nada para comer, já não podíamos ir a latrina (privada) ; nós já sabíamos que no próximo dia seríamos levados para câmara de gás. Ser morto é totalmente diferente de morrer . As mulheres se arrancavam os cabelos, quando tinham, ou se arranhavam. Eu comecei a rezar;" eu só queria viver, mas você quiser meu senhor!" Enquanto eu viver, eu queria ver o sol mais uma vez. Então ele apareceu sobre o bloco vizinho. 

Eu já estava consolada. Nós estávamos nús. As mulheres foram agredidas até o carro. Ai eu escuto quando alguém chama meu número! O homem da SS compara meu número com o da folha. Ele abre a porta do bloco e me empurra para dentro e diz;" tu tem mais sorte do que juízo".

Como "mestiça de primeiro grau" eu podia trabalhar em Ravensbrück para exército na fabricação de telefones e microfones , na Siemens. 

Mas eu queria me despedir da minha mãe. Ela ficou feliz por eu ter saído de Auschwitz. Nós nos encontramos no meio da rua do campo de concentração. Ela estava tão fraquinha e desnutrida. Nós nos despedimos com a certeza que nunca mais nos veríamos outra vez. Como podíamos fazer isso? Com certeza, não com um " até logo" . Eu não me lembro de nenhuma palavra. Somente chorávamos. Nós nos abraçamos e nos beijamos. E por ultimo ela me disse;" você vai sobreviver e vai dizer tudo o que fizeram conosco aqui". No dia 8 de novembro minha mãe foi morta. 

Quase todo dia tem alguma coisa que me faz lembrar de Auschwitz. Como por exemplo, quando alguém joga fora um pedaço de pão, eu não consigo suportar isso. 

Eu não tenho ódio. Quando alguém tem ódio no coração, ela está se auto destruindo. Eu amo a vida, viver um presente. 

Naquela época eu fui voluntariamente-obrigada a ir a Auschwitz. Eu não me arrependo. Nunca! Eu não poderia ser feliz se tivesse deixado minha mãe sorzinha. 

*Matéria especial da revista Spiegel sobre os 70 anos de libertação de Auschwitz. Traduzida por mim. Espero gostem. Um grande abraço. Darlen Rodrigues.

sábado, 28 de março de 2015

Testemunho de Jehuda Bacon, sobrevivente de Auschwitz.




Dando continuidade aos testemunhos dos sobreviventes de Auschwitz:

JEHUDA BACON FOI LEVADO AINDA CRIANÇA PARA O CENTRO DE CONCENTRAÇÃO (KZ) AUSCHWITZ E FOI TESTEMUNHA DE EXTERMÍNIO EM MASSA. NA CÂMERA DE GÁS ELE VIU FALSOS CHUVEIROS QUE NEM BURACOS TINHA COMO UM CHUVEIRO NORMAL TEM PARA SAIR A ÁGUA .

Jerusalém 15 de janeiro 2015. 
Eu mesmo era loiro e de raça ariana. Na frente da nossa escola, na Tchecoslováquia, nos esperava um grupo de "jovens de Hitler" . Meus amigos foram atacados. A mim me deixaram ir, eles não acreditavam que eu fosse um judeu. Nessa época , acontecia coisas estranhas. Nós tínhamos que lhes dá nossos pertences como prata, produtos de couro e até mesmo bengalas. Eu achava estranho eles quererem até as bengalas. De repente nossos vizinhos começaram a desaparecer. 

Primeiro eu fui mandado para Theresienstadt e depois para Auschwitz , lá eu descobriu para que eles queriam as bengalas: era para agredir as pessoas. Isso ainda não tinha acontecido em Theresienstadt. Para mim também era supresa que ali os próprios prisioneiros atacavam uns aos outros. As pessoas em Auschwitz eram como animais selvagem. Nós ficamos com outras famílias da Tchecolosváquia. Ali era melhor do que em outras partes do campo. Era só um campo modelo para blefar com o pessoal da Cruz vermelha. Entretanto na nossa cartografia tinha: tratamento extra em seis meses. Nós Já sabíamos que depois seríamos levados à câmara de gás. 

Ali havia pessoas especiais como Fredy Hirsch, uma espécie de chefe dos jovens. Ele nos obrigava a nos lavar até com neve. Ele nos mostrava o quanto a aparência era importante, pois se os SS nos visse sujos ou doentes, isso já seria um motivo para o crematório. 

Os seis meses estavam passando, de repente apareceu uma oportunidade para mim. Os SS buscavam um grupo de jovens, nós ainda não sabíamos para que. Eu só sabia se eu ficasse com meu pai, eu iria morrer também. Então decidimos juntos que eu iria. Ele, meu pai, me olhou nos olhos e me disse: " nós vamos nos encontrar na Palestina". Nós sabíamos que ele seria levado para a câmara de gás. 

Eu e os outros jovens, que eu já conhecia lá de Theresienstadt , fomos levados para trabalhar no campo masculino de Auschwitz-Birkenau. Nós tínhamos que puxar carroças com fingas de madeira ou com pinheiros para árvore de natal por todo o campo. Um dia ,depois do trabalho, um capacho do comando especial nos disse: "crianças, está muito frio, vocês podem descer até o crematório , lá tá bem quentinho". Muitos tinham medo, mas eu fui com alguns. Eu queria ver como tudo aquilo acontecia. Eu vi chuveiros, que não tinham se quer um buraco, como nos chuveiros normais, aquilo era somente para enganar a primeira vista. Eu reparei em tudo, como tudo aquilo era perigoso. 

Entre nós crianças existia uma coisa chamada camaradismo. Coisa que não existia em Auschwitz . Isso era impressionante, que nossa amizade tinha superado de Theresienstadt até ali Auschwitz. 
Depois, na marcha da morte, todos aqueles que ficavam para atrás, eram assassinados. Mas se um de nós não tivesse mais forças, nós o pegávamos pelo lado direito e esquerdo e o levávamos conosco. Nenhum de nós foi assassinado. 

Nós tínhamos nossas próprias regras, como por exemplo, nunca roubar nada de uma dama. Um dia um jovem faminto roubou uma mulher. Nós o penalizamos com não falar mais com ele. Ele sofreu muito com isso. Tanto é que ele foi até um capataz e em troca de um pedaço de pão, dormiu com ele. Quando a guerra terminou ele estava tão fraco que morreu. Os russos , que nos libertaram , tinham boas intenções , eles deram aos prisioneiros boa comida, mas os que já estavam morrendo de fome não conseguiam digerir e morriam. 

Outros morreram por que os SS tinham envenenado a comida. Eu tinha um pedaço de manteiga na bolsa. Um prisioneiro, forte e grande me tomou a bolsa e me roubou a manteiga. Eu fiquei muito triste. Mas por causa disso consegui me livrar da morte. 

Depois da libertação eu pesava 34 quilos. Com ajuda de pessoas maravilhosas , eu consegui chegar a Praga e mais tarde a Israel . Essas pessoas me fizeram voltar a acreditar no ser humano. 

Eu só tinha uma coisa na cabeça, eu tinha que falar sobre tudo que aconteceu. Eu acreditava que os seres humanos poderiam se tornar boas pessoas, mas aí veio a grande decepção , pois ninguém queria me escutar. Eu não tinha um filtro e isso era muito forte para as pessoas. Por isso resolvi me calar e me expressar através das minhas obras de pintura. 

*Texto retirado da revista Spiegel sobre os 70 anos da libertação de Auschwitz . Traduzido por mim. Abraços , Darlen Rodrigues.

Relatos de vítimas dos abusos dos soldados aliados.



ELES NÃO VINHERAM SOMENTE COMO LIBERTADORES: DEPOIS DA GUERRA E NO PERÍODO DA OCUPAÇÃO MUITOS SOLDADOS DO LADO DOS ALIADOS VIOLENTARAM E ABUSARAM DE MULHERES ALEMÃS. 

"Quando a guerra acabou mais de 860 mil mulheres e meninas, mas também homens e jovens, foram abusados pelos soldados e oficiais do lado dos aliados . "Acontecia em todos os lados." Miriam Gebhardt começa com essas palavras sua análise dos acontecimentos de 1945 e que deixaram sombra até hoje. 

Depois da derrota dos alemães, aumentou o medo da população, principalmente no lado leste, de uma Revanche por parte das tropas soviética. Uma grande parte desse medo se deu devido a propaganda dos nazistas que sempre alertou da maneira animal como os soldados soviéticos poderiam agir. E eles estavam, de certo modo, certos: violações, abusos e assassinatos aconteciam repetidas vezes. 

• Testemunho de Otto H , assim que terminou a guerra:
" Minha sobrinha foi abusada sexualmente por 15 oficiais russos, em um quarto ao lado. Minha mulher foi arrastada até o celeiro e também foi abusada. Depois a prenderam na cavalariça e as 5 horas da manhã , a ameaçando com uma arma, a violentaram outra vez. Depois que a colónia foi embora, encontramos minha minha mulher debaixo de um monte palha, ela tinha se escondido ali com medo." 

A historiadora Gebhardt descreve esses acontecimentos no seu novo livro "Quando os soldados chegaram". "Para escrever esse livro , eu pesquisei durante um ano e meio. Meu interesse pessoal era despertar a pespectiva das vítimas". Ela tentou evitar um emaranhado de histórias de abusos sexuais, como em outros livros. " Eu quis reconstruir os casos mas com todo cuidado possivel". 

Os terríveis casos não aconteceram somente no lado onde o exército vermelho fazia das suas, do lado britânico, francês e americano também houve casos de violações em massa, as vezes por vários dias. 

Não é de se admirar que os casos que aconteciam do lado ocidente tenham sido tratados de outra maneira. Isso se deve ao que para os contemporâneos e também para alguns historiadores algumas mulheres se aproveitavam disso. 

Como dizia o lema: " os americanos precisaram de seis anos para derrotar os soldados alemães, mas para conseguir uma alemã eles precisavam somente de um dia e de uma barra de chocolate". 

Os soldados do lado ocidental tinham o que se precisava com urgência : alimentos, cigarros, nylon. A impressão que se tinha era que aqui não se tratava de um tipo de abuso e sim de prostituição, mas que na maioria das vezes não correspondia a realidade. Logo esse conceito fez com que as vítimas sofresse acusações e fossem colocadas nas escórias da sociedade.

"É difícil de encontrar alguma testemunha mulher que tenha coragem de falar se tiveram alguma coisa com soldados ocidentais". Diz Gebhardt. Isso se deve primeiro porque a propaganda nazista não ter preparado uma imagem animalistica de vingadores dos soldados ocidentais como fez com os soviéticos e segundo porque as autoridades tinham eles como os libertadores e não se mostravam dispostos a receber as acusações. Esses reconhecimentos de Gebhardt se baseia em relatos de padres.

Na opinião da época , as vítimas foram feitas responsáveis pelo sofrimento que passavam. Elas foram chamadas de "Veronika Dankeschön " ( obrigado, Verónica. Em tradução livre ) e o tratamento com elas foram brutal. 

Muitas das mulheres degradadas foram internada em sanatórios. As mulheres não foram castigadas somente por se envolver com homens ou serem obrigadas a isso. Bastava um vestido provocante ou um passeio a noite. "Depois do primeiro abuso elas tinham que conviver com a violência da desconfiança." Gebhardt. 

• 8. De maio de 1945 , nas redondezas de Magdeburg. 
"Os oficiais começaram a conversar, logo chegou um homen alemão e através de um tradutor ele falou que sua filha de 12 anos tinha sido abusada por um soldado russo. Ele apontou para um soldado. Foi a primeira vez e espero que seja última, que vi uma pessoa ser agredida até à morte." Relato de uma testemunha. 

Durante as pesquisas, um caso em especial tocou Gebhardt. " É a história de uma menina que perdeu toda sua família e durante a fuga foi abusada e depois se juntou a uma gangue de rua. Depois ela volta e cai nas garras dos 'assistentes sociais' . Uma coisa era clara: os lares assistenciais não eram nenhum paraiso. Ninguém cuidou da menina. " Para muitas das vítimas não tinha nenhum final feliz. 
Essa história mostra uma dimensão do drama das mulheres que não conseguiram fugir do seu carma. 

Matéria do site Focus.de e traduzida por mim.

Lembranças da fábrica da morte.



TESTEMUNHO DE VÍTIMAS DE AUSCHWITZ. 
LEMBRANÇAS DA FÁBRICA DE MORTE. "MENGELE DIZIA QUEM IA PRA ESQUERDA E QUEM IA PRA DIREITA." 

Frieda Tenenbaum, 80 anos; Chegamos em Auschwitz em Julho de 1944, pulamos do vagão de bois e fomos imediatamente levados sem selecção. Por quê? Eu não sei. Talvez disseram ao comandante que todos nós estávamos em estado bom para trabalhar. Existe muitas perguntas que não sei a resposta, como por exemplo; por que cortavam os cabelos das mulheres , mas o meu e a minha mãe não? Por que não recebemos uniforme de presos listrados? Eu não sei.

Depois de tomar banho nos mandaram para uma imensa montanha de roupas e nós poderíamos escolher uma . Meus olhos foram direto para um vestido de cor azul-marinho com bolinhas branca. Eu me decidi na hora: quero esse vestido. Minha mãe me apressava a escolher alguma coisa para me aquecer pois não tínhamos muito tempo. "Rápido, rápido , rapido" Dizia ela a todo momento. Ela cedeu e eu fiquei com o vestido até o outono. 

Ninguém no nosso campo vestia um uniforme listrado. Eu acredito que era um campo temporário de onde depois seríamos seleccionados. Mas primeiro ficamos lá por meses. Nós simplesmente ficamos lá, famintos, com frio, nosso sapatos se desfaziam aos poucos por causa da lama. Pela manhã ficamos em pé para ser contados , durante a horas. A noite a mesma procissão. Nao deveríamos trabalhar, minha mãe também não. O que fazíamos durante o dia ? Devo confessar que não sei mais, só sei que passamos muita fome. 

Um dia nossa barraca foi evacuada. Nós levaram então para um campo só para mulheres. Lá nos colocaram em sala enorme, onde tínhamos que nos despir e ficar em fila. Chegaram homens da SS: Mengele e outros mais. Ele dizia quem ia pra esquerda e quem ia pra direita. Quando chegou minha vez ele me mandou pra esquerda. Depois de mim vinha mãe e ela foi mandada para a direita. "Não " disse ela, " eu quero ir com ela" e ela apontou para me. Eles a puxaram e lhe bateram , mas minha mãe era teimosa até que eles cederam e a deixaram ela vim até mim. 

Assim que me encontrava em grupo, todos nús, a maioria mais velhos que minha mãe, mas também alguma crianças dentre elas Renia minha prima. E ficamos lá em pé durante muito tempo até chegar a noite . Do lado esquerdo eu podia ver essa porta de metal com olho mágico . Eu tenho uma vaga suspeita que aquilo era a câmera de gás. 

Quando ficou escuro veio a ordem de irmos e pegar nossa roupa. Nós levaram a outra barraca mais estável do que a outra. Na entrada nos esperava uma grande caldeira com sopa. Isso foi maravilhoso, estávamos morrendo de fome. Nós não tínhamos a mínima ideia do que estava acontecendo. E não sei até hoje. Tentamos depois calcular os dados, talvez tenha sido a época da revolta no crematório quando algumas pessoas da força - tarefa colocaram fogo no crematório para tentar frear a máquina da morte. Isso pode ter sido a razão do nosso salvamento. 

Mas o perigo não tinha passado. Agora estávamos na barraca 25, a porta de entrada para a câmera de gás, assim dizendo. Mas até ali eu tive sorte: uma mulher se dirigiu a minha mãe. Ela me viu com minha prima e perguntou a minha mãe : "você quer salvar essa criança?" Ela nos pegou pela mão e nós levou para uma barraca cheia de crianças e nós disseram que ali era a barraca dos gémeos de Mengele. 

Claro que tínhamos medo, por primeira vez sem nossas mães. Mas finalmente estávamos em um lugar melhor do estávamos antes. Logo Percebemos que algumas crianças sumiam e quando voltavam estavam todas emfachadas e perturbadas. Sim, era a barraca dos gémeos. Não tinha nem ideia porque aquela mulher nos pegou , pois não éramos gémeas. Mas nunca fomos levadas para experimentos. 

Tentamos nos comunicar com outras crianças , mas elas vinham de outras partes da Europa e muitas não queriam falar. Ninguém queria falar dos experimentos. Na nossa barraca era mais ou menos umas 40 crianças . Nós nos viamos todos os dias e brincávamos e cantavamos músicas alemã. 


Matéria especial da revista Spiegel sobre os 70 anos da libertação de Auschwitz. Traduzida por mim.

Uma incrível história de luta pela vida de uma sobrevivente do holocausto.


FOI COMO UM MILAGRE QUE ASSIA GORBAN SOBREVIVEU AO GUETO E AO CAMPO DE CONCENTRAÇÃO. 
UMA INCRÍVEL HISTÓRIA DE LUTA PELA SOBREVIVÊNCIA. 

Era domingo e fazia muito calor quando em Julho de 1941 a guerra chegou até Mogilev-Podolsky, uma cidade ucraniana na fronteira com a Roménia. Assia viu quando os primeiros soldados alemães chegavam conduzindo motos na estrada de terra e como a poera subia. "Eram homens muitos lindos, limpos, sem barba, com botas..." Se lembra Assia Gorba.

Mas na estrada também se escutava: "Atenção, Atenção. "
Assia ouvia o choro das crianças que estavam sentadas nos carros dos militares alemães. Ela ouvia tiros e latidos de cachorros. Ela tinha que levar uma estrela amarela no peito e nas costas e não podia ir mais a escola. E então veio a ordem: Todos os judeus da cidade devem se reunir no centro da cidade. Eles tinham que construir um muro, o muro do gueto. 

Era só o começo. Logo começaria as deportações. Os judeus tinham que ir até à estação de trem e entregar todas as coisas de valores. Sua mãe escondeu nos seus cabelos negros um anel de noivado que já tinha pertencido até a sua avó e algumas notas de dinheiro na gola da blusa de Assia. Bem espremidos eles foram colados no vagões de gado e viajaram dias pela paisagem acidentada. O destino era Petschora, antiguamente um sanatório para doentes de pulmão agora um campo de concentração administrado por romenos que colaboravam com os alemães. 

Assia nunca conseguiu esquecer o momento quando eles chegaram a Petschora : crianças com a pernas finas e barrigas inchadas para dentro fome, por todos os lados. Ela, seus pais, avós, seu pequeno irmão, Isaak, tios e primos foram amontoados em uma barraca. Não tinha nada para comer, as vezes a cozinheira jogava pela janela casca das batatas, que ela tinha cozinhado para os vigias. As crianças corriam para pegar e as gratinavam no fogo. 

As vezes eles podiam trocar alguma coisas com os ucranianos do outro lado do muro. Roupas ou o resto das últimas coisas de valor por batata, pão ou frutas. Uma vez um jovem do KZ subiu o muro de 3 metros, ela nunca esqueceu essa cena: um ucraniano lhe deu um balde cheio de cerejas, ele estava muito feliz. De repente escutamos um tiro. O jovem caiu de cima do muro. Por todos os lados tinha cerejas esmagadas e sangue sobre ele. 

Para a mãe de Assia uma coisa era certa: " mesmo que custe nossas vidas, temos que sair daqui." Ela subornou dois políciais ucranianos e a noite pegou caminho com sua filha e uma sobrinha. Porem elas foram descobertas. Os guardas a agrediram brutalmente com paus e coronhadas. A prima de Assias passou días em choque sem poder falar. Ela ficou paralisada de tanto medo. O recado era claro: da próxima vez que ela subornasse outros agentes, ela receberia pena de morte por enforcamento. 

Mas a mãe de Assia não se deixou intimidar. Semanas depois ela tenta outra vez fugir, dessa vez somente com sua filha. Na escuridão da noite elas conseguem fugir do campo e entram pela floresta. Ainda hoje está vivo na memória de Assia o momento que elas se afundavam no pântano ladeira abaixo. No desespero sua mãe grita por ajuda e o imaginável acontece: dois homens, que também estavam fugindo do KZ as escutaram. Com as raízes das árvores eles as puxam. Suas pernas estavam todas ensanguentadas.

A fuga ainda durou muito tempo. Na noite elas erravam o caminho pela floresta e de dia tinham que se esconder dos alemães e dos romenos. Finalmente elas chegam outra vez a Mogilev-Podolsky. Na casa onde vivia seus avós agora vivem judeus romenos , assim que elas tiveram que habitar o galpão de calvão.

E elas sobreviveram a guerra por um milagre. " Nossa sorte era que os romenos tinham a palavra e eles não eram tão rígidos como os alemães. "Acredita Assia Gorba. Todos os dias pela amanhã ela ia com seu irmão mais novo e também com seu pai, que também tinham conseguido fugir, até um ponto de reunião. Ali ela encontrava crianças judías, que tinham ficado para atrás no gueto e iam passear pelo campo e as montanhas. Por algumas moedas , eles arrancam Eva daninha, procuravam batatas que os tratores deixavam para atrás. Horas e horas eles sentavam no chão, na chuva, na neve e no calor escaldante." Quando a brigada era boa, nós recebiamos pães, leite , quando eles más, assassinos, então ele nos perseguiam como assassinos. " 

No começo de 1944 a Frente se aproximava. Em 19 de Março o exército vermelho travou a última batalha com as tropas de ocupação. A cidade estava feita fumaça, de todos os lados explodia bombas, casas em chamas... Quem podia se escondia nos porões. Mas Assia era curiosa e queria ver se a sua escola ainda existia. Ela pega seu irmão pela mãos e sai correndo até o prédio em chamas que tinha sido convertido em hospital militar para os alemães. 

Quando ela chega a escola, ela tem uma vista que não esqueci até hoje: na sua sala de aula tinha mortos , queimados, com feridas abertas, jogados ao chão. Na cozinha ela encontra um "paraiso": sacos de farinha de trigo, cevada e açúcar. Ela recorre o quanto pode. Então descobre mais alguma coisa: uma terrina branca da marca Rosenthal , na parte de trás uma águia e a cruz suástica dos nazistas. " uma coisa tão linda a gente não conhecia na união soviética. "Se lembra ela. Ela pressionou a Terrina na mão do seu irmão, antes deles atravessarem a batalha de fogo e volta pra casa. 
A guerra terminou no mesmo dia, porém a fome e a luta pela vida durou muito mais tempo . Assia teve que recuperar três anos perdidos na escola, mas mesmo assim ela, seu irmão, seus pais e a maioria da família conseguiram sobreviver. Somente o seu avô , Jankel Klurfrld , foi assassinado pelo a alemães . Ele se deixou trocar pelo pai de Assia quando os alemães procuravam por judeus para levar para o KZ e os obrigar a cavar suas próprias covas.

Hoje Assia Gorba vive em Berlim e desde de 2010 recebe uma "Ghettorente" de 140€ ( uma espécie de aposentadoria para as pessoas que foram vítimas dos nazistas ). 
Na cómoda da sua sala está a Sopera Terrina da marca Rosenthal com águia e a cruz suástica , Made in Germany 1942, uma pedaço da lembrança. 

Matéria do site n-tv.de traduzida por mim. 
Abraços e espero que gostem.
Darlen


sexta-feira, 27 de março de 2015

QUANDO OS ASSASSINOS DE AUSCHWITZ PRESTARAM CONTAS COM A JUSTIÇA





A ATMOSFERA NA SALA DO FÓRUM DE FRANKFURT ERA DE APREENSÃO. A 50 ANOS ATRÁS CENTENAS DE SOBREVIVENTES ESTAVAM FRENTE A FRENTE COM SEUS TORTURADORES NO PRIMEIRO PROCESSO DE AUSCHWITZ.

Era as lembranças do terror que surgia outra vez na sala do fórum de Frankfurt nos anos 60.
" por dia eram miles de miles de pessoas , que eram asfixiadas na câmera de gás. Os crematórios não davam conta de tantos cadáveres. Cavavam covas para queimar os corpos que não cabiam mais nos crematórios. O fogo ardia dia e noite. Pela noite o céu era vermelho, por causa do fogo." Relatou o médico Otto Wolken, ele foi um dos 221 sobreviventes que se pronunciaram no primeiro processo de Auschwitz. Foi um processo de Mamutes, foi o maior processo da República federal Alemã pós guerra; 22 homens que prestaram serviço em Auschwitz, foram colocados contra a parede a partir do dia 23 de Dezembro de 1963: contra eles , genocidio, tortura, culpa individual e também uma falha dos alemães que foi esquecida por 20 anos.




O processo começou por causa de uma controversa testemunha : Adolf Rögner, era um ex capataz de Auschwitz que já estava na prisão, por fraudes. Em uma carta escrita Março de 1958 a um procurador ele falava de um certo Wilhelm Boger, com endereço fixo na cidade de Stuttgart , o qual seria o responsável de ter começado com os terríveis crimes de Auschwitz, dentre eles os homicídio em massa, as selecções, torturas e chantagens. A princípio, as autoridades reagiram com desconfiança. Somente meses depois o ex integrante da SS foi levado a prisão. 




Mais tarde o procurar geral de Frankfurt , Fritz Bauer, recebia documentos de Auschwitz. Bauer era filho de judeus, que haviam fugido dos nazistas e em 1950 tinha informado ao governo de Israel sobre o esconderijo do burocrata do holocausto Adolf Eichmann. A partir de agora o processo começa a ganhar forças. Ele se engaja, ao contrário dos seus colegas, por um servero castigo para os criminosos nazistas e espera um grande processo com um função pedagógica. Ele queria colocar os alemães de frente a um espelho para que eles se confrontassem com seu passado.

O trabalho para Bauer era gigantesco. Quase 5 anos as autoridades instauraram averiguações contra os criminosos. Eles examinaram mais de 16 mil páginas de dossie, lista de mortos, lista de pedidos de gases tóxicos e injecções letais, interrogou mais de 1300 testemunhas do mundo inteiro e seguiu os rastro dos ex assassinos. Nem todos poderam ser encontrados e julgados: o famigerado dr. Mengele, desapareceu e estabeleceu residência no Brasil, o principal acusado Richard Baer morreu ainda na prisão provisória. Quando finalmente em 20 de Dezembro começou o processo em Frankfurt, sentavam no banco dos réus 22 homens, que eram na maioria pequenos serventes da maquina de matar de Auschwitz: homens da Gespato, chefes de blocos como também médicos da SS. Assim como no processo de Eichmann em Israel, muitos observadores se admiravam da "normalidade " dos acusados. Eram simples homens de negócios, enfermeiros, empregados e agora com gravatas e paletós diante da justiça e com a cara dura, acompanhavam o andar do processo. " eles podem ser tio de qualquer alemão. " Escreveu o observador americano Arthur Miller que acompanhava o processo. 

Os réus não mostravam nenhum sinal de arrependimento. No lugar disso eles se negavam a falar ou alegavam não saber de nada. Assim dizia um dos adjuvantes, Robert Mulka: " eu pessoalmente nunca escutei falar em execuções lá no campo, nunca fui informado de nada e nem dei ordem de nada. Nunca escutei nem um tiro. " Da câmera de gás ele tinha escutado falar mas nunca visto. 

Nunca vi nada e nunca escutei nada. Esse tenor era usado por todos os acusados como defesa. Se houve homicídios e abusos aos prisioneiros isso era resultado da " Ordem e obediência ". Se você não obedecesse você seria levado a parede negra e ali mesmo você era executado. Essa era a argumentação dos acusados. Eles se colocavam como pessoas sem vontade própria e instrumentos dos regime nazista. " Eu não tinha opinião próprio. " Dizia o réu Hans Stark. "Nenhum de nós tinha opinião. Nosso pensamento nos foi tirado. Isso fazia outras pessoas por nós. Sem mais comentário." 

De acordo com os peritos nenhum dos homens da SS foram sentenciados a morte, pois não foram eles que deram as ordens de execução. Os guardas tinham pelo menos a opção de diminuir o sofrimento dos presos ou usar o poder sobre a vida e a morte que eles tinham.

Para as testemunhas que sobreviveram a Auschwitz, o processo era muito angustiante. Eles tinham que ver como os ex homens da SS lavavam suas mãos e com deferência eram saudados por alguns oficiais da justiça. 
Frequentemente os sobreviventes era colocados sobre pressão e o que eles diziam era sob suspeita. O juiz Hans Hofmeyer e a defesa, estavam interessados em fatos e dados que eles depois de 20 anos mal podiam mais se lembrar .

Muitas testemunhas ainda se tremiam de medo quando encontravam seus torturadores. " só em escutar o nome Kaduk, eu já tenho medo" . Se lembra um ex pressioneiro ao se referi ao comandante Oswald KAduk. "Ele sempre estava bêbado. Quando estava buscando bebidas , ele batia, estrangulava e atirava em prisioneiros. " Mais difícil ainda para as os sobreviventes era falar sobre seus traumas por primeira vez diante do público e ao mesmo serem desqualificado diante dos olhos da justiça .

Muitos alemães reagiram ambivalentes diante do processo. Os mais velhos falavam de cesta de sujeira , outros não se interesavam e não seguiram o processo. O tempo dos nazistas é para muitos "uma lembrança desagradável. " Pensa o historiador Devon O. Pensar. " Eles não queriam mais falar daquilo, queriam recomeçar e achavam que críticas não ajudariam em nada." 

Também para a justiça Alemã essa confrontação não foi fácil. Muitos juízes haviam trabalhado na época do nazistas e via esse processo de maneira escéptica. O livro de punições ainda era do ano 1871 e só reconhecia como castigo o ato de delitos e não a palavra genocídio. Desde 1960 homicídio podia prescrever, além disso para julgar réu por causa de morte, é necessário que seja provado não somente o ato mas também a intenção de matar. Isso não dava para apurar em quase nenhum dos casos. 

O dilema da justiça também se percebia quando o juiz principal Hans Hofmeyer, depois de 183 dias de audiências, centenas de relatos de testemunhas e uma visita dos juízes a Auschwitz em 19 de agosto de 1965, com a voz abafada anunciava o resultado do juízo. 
"O tribunal de juízes, não estava indicado para superar o passado." No final só levaram em conta os direitos penais dos acusados e não os morais e políticos.

E a pena se mostrou branda: somente 6 acusados foram penalizados com prisão perpétua, 11 con prisão limitada e três foram absolvidos. 

Mais da metade dos alemães se posicionaram em contra do julgamento, segundo uma pesquisa de 1965. Nós anos seguintes aconteceram poucos e pequenos processos. Nenhum julgado do processo de Auschwitz responderam a pena por completo, quase todos voltaram a liberdade outra vez. 

Matéria do site n-tv.de, traduzida por mim.

" Por causa de Mengele eu me tornei uma assassina de crianças ".




"SOMENTE DEUS E O DOUTOR MENGELE SABEM. "
A EXPERIÊNCIA DE UMA MÃE JUDIA COM O MÉDICO CIENTISTA DO CENTRO DE CONCENTRAÇÃO (KZ) DE AUSCHWITZ. *Matéria da revista Spiegel de 05.08.1964 traduzida por mim. 

Quando Ruth Iliav de 41 anos escuta falar sobre o nome de Josef Mengele no processo de Auschwitz em Frankfurt , ela sente um esgotamento nervoso. Ela é natural de Mährisch-Ostrau e hoje vive em Tel Aviv. No caminho ao centro de concentração de Theresienstadt, Auschwitz , Ravensbrück, e Buchenwald ela perdeu seus pais , irmãos e também seu bebé recém nascido. Ainda chocada ela escreve sobre experiência com o Dr. Mengele em três páginas e meia de uma carta. 
***

KZ-Thesienstadt, Dezembro de 1943. O temido ticket de tranporte chega até mim. Para piorar eu descobro que estou grávida. Não tem nenhum médico que possa me ajudar. Nós partimos de Theresienstadt em direcção a Auschwitz, uma viajem de três dias, presa em vagões que eram usados para o transporte de gado. Nós fomos descarregados como gados, caçados como gado, vigiados pelo pessoal da SS com cachorros. Nós fomos "limpados". Nús, sem nada de roupa! Cabeça raspada! Nós fomos marcados com números como gados! 

Era jovem e aguentava, mas todos as manhãs uma grande quantidade de cadáveres eram retirados. Nós viamos as câmera de gás a nossa frente, todos os dias sentíamos o cheiro de carne queimada que vinha do crematório. E a nova vida se movia dentro de mim. 

Maio de 1944 

Diziam que a Alemanha estava sendo borbardeada e necessitavam de mao de obra para os trabalhos de limpeza. 
Um dia inteiro de selecção. Pessoas jovens seriam enviadas a Alemanha. Eu estava no sétimo mês. As pessoas me diziam que mulheres grávidas eram enviadas a câmera de gás. Eu só tinha 20 anos e queria muito viver. 

Meus amigos conseguiram colocar meu número na lista de transporte. Nós os trabalhadores, estávamos magros e famintos , fomos levados para um acampamento para mulheres. 

No acampamento para mulheres passamos por uma nova selecção e dessa vez o dr. Mengele estaria pessoalmente lá . 

Nós tivemos que marchar nús, um atrás o outro e passar por perto do dr. Mengele. Algumas mulheres tentaram me colocar no meio delas para tentar lhe despistar. Se aproxima nossa vez. Será que conseguiremos?
Dr. Mengele não me viu. Poderei viver? E a nova vida continua se mexendo dentro de mim.

Depois de três dias chegamos a nosso destino, Hamburgo. A limpar entulhos . 

A noite caímos de tão cansados. Antes de amanhecer vinha um médico da SS examinar se tinha algum enfermo. "Ninguém doente, somente duas mulheres grávidas." Diz um deles. O médico nos detém na hora e nós manda aos comando da SS. Nós deram provisões para viajem e deixamos Hamburg. Destino desconhecido. Partimos! Próxima estação Ravensbrück. 

Nós ficamos lá somente 4 dias, porque nosso número não pertencia a Ravensbrück. Acompanhada de uma vigilante da SS, fomos transportada novamente. Na estação de trem ela autênticou as passagens e nesse momento escutamos a palavra Auschwitz. 

Para que a vigilante não nos entendesse, falávamos em tcheco. Nós decidimos que no banheiro tirariamos a estrela que nos identificavarmos como judías. A vigilante não percebeu ou não quis perceber. 

"Seu nome?" Eu disse um falso.
"Pai judeu?" -"não."
"Mãe judia?" - "não." 
"Você é judia?" - "não. "

Ela só percebeu um olhar medroso! 

Fomos as primeiras pessoas que voltamos a Auschwitz vindo de um transporte de trabalhadores. Até agora ninguém acredita que trem tenha outro destino que não seja a câmera de gás. 

A novidade chegou também aos ouvido do dr. Mengele. E tão logo receberiamos sua visita. Ele não podia acreditar que deixou passar duas mulheres grávidas. Ele nos ordenou a ir ao hospital e esperar lá a hora do parto. 

Eu esperei dez dias e logo veio o dr. Mengele me visitar. Ele me ordenou a amarrar meus seios , eu não deveria amamentar meu bebé. 

Meu bebé chorava de fome. Eu mastiguei um pedaço de pão e coloquei na sua boca. Meus seios estavam inchados até o pescoço de leite. Estava abalada com alta febre. 

Todos os dias vinha dr. Mengele se divertir com com meu sofrimento. Depois de oito dias e ele me disse:" amanhã você e seu filho estaram prontos. Eu venho buscar vocês. Eu achava que finalmente eu e meu filho sairiamos desse tormento e a câmera de gás nos ajudaria. Eu chorava e gritava. Estava ciente que no outro dia nos morreriamos. 



Uma estranha sentou do meu lado e tentou me pessuadir. Ela falava e falava." Se acalme, não se desespere, eu vou te ajudar."

As nove horas da noite, quando às luzes foram apagadas ,ela voltou com uma injecção nas mãos. "Der isso a seu filho, é uma alta dosis de morfina, e ele morrerá."

" Eu não posso ser assassina do meu próprio filho."

" Você tem que fazer isso. Eu sou médica e o meu dever é salvar vidas. Seu filho não tem condições para sobreviver. Ele morrerá de fome, ele tem edema. Eu tenho que salvar você, pois estas ainda jovem."

Depois de duas horas de resistência eu já estava tão cansada que o fiz. Eu me tornei uma assassina de criança, dr. Mengele, assassina de bebé!

Eu fiquei histérica. A médica tentava me animar. Meu filho morria ao lado, morria muito lentamente. Eu escutei seu último gemido, seu último suspiro. 

Era as 5 da manhã. Hora do recolhimento de cadáveres. Meu filho foi recolhido e juntos com os outros levado ao crematório. Eu tive que ficar pois era extremamente proibido a entrada no crematório. Somente cadáveres e esqueletos tinham entrada livre.

Pontualmente chegou dr. Mengele. Eu já estava pronta para marchar para morte.

"Onde está a criança? " Cansada lhe respondi :" morreu hoje de madrugada."
"Morreu? Eu quero ver o corpo."

Porem, entre miles de cadáveres , um pequeno corpo de uma criança desnutrida e morta com uma injecção de morfina era até para o dr. Mengele impossível de achar.

Ele só disse:" você teve sorte. Você será levada no próximo transporte para o campo de trabalho.

Morre o último judeu alemão, da lista de Schindler. Conheça sua história.



JERZY GROSS DE 84 ANOS ERA O ÚLTIMO JUDEU ALEMÃO ,DA LISTA DE SCHIDLER, QUE AINDA ESTAVA VIVO. 

Jerzy Gross tinha 5 anos quando a mortalha dos SS foi estendida sobre a Europa. Sua família se mudaram de Leipzig para Krakau. Seu pai, um engenheiro judeu, foi contratado para construir uma ponte lá. Entretanto o terror dos SS varreu a família como muitos outros para o gueto. 

Daqui pra frente, luta por sobrevivência, chutes na bunda, fome e morte fazia parte do dia a dia. O holocausto tinha começado. Mais de seis milhões de judeus não vão sobreviver. Para todos os outros internos dos KZ (centro de concentração) a vida será um martírio. .

Com dez anos de idade acabou sua infância, ele foi levado para o gueto de Bochnia e no final de 1942 deportado para o KZ Plaszów. " minha casa era o bloco 124. Nós éramos em 125 internos , com uniforme listrado e calçados de madeira em uma área de 70 metros quadrados. Em todo lado tinha mal cheiro e pessoas famintas. Pão era mais valioso que ouro." 

No inverno, muito frio e no Verão, muito calor. Por causa do desespero muitos se jogavam a morte contra as cercas eléctricas de 6000 volt. Os mais fortes tinham que trabalhar mais de 11 horas por dia. Para os que não se comportavam bem, sofriam as penas duras do comandante Amon Göth. 

"Tinha pena para os ladrões de batatas. Eles eram levados a forca, somente as pontas dos seus dedos encostavam no chão. Amarravam suas mãos para atrás e colocavam uma batata na sua boca." Recorda Jerzy Gross . "Seis, sete horas durava as torturas e nós tínhamos que assistir a tudo em círculo. " 

"Somente a sobrevivência contava, nós tínhamos que viver frequentemente com o medo da morte. Eles nos tomaram tudo, a unica coisa que tínhamos era a esperança. "

Ele era responsável de cuidar dos cachorros e por isso se livrou de uma selecção de 700 crianças que foram levadas para a câmera de gás. Um dia pegaram quatro de nós, duas garotas e dois garotos, todos da mesma idade e nós levaram. Nós impestaram todo o corpo de piolhos , carrapatos e pulgas. "em dois dias minhas coxas estavam em carne viva. " 

Três meses durou esse martírio, mas feridas não curaram mais. Ele foi deportado então para Brünnlitz e lá ele ver por primeira vez o fabricante Óscar Schindler. "Ele era conhecido. Minha mãe trabalhou para ele, mas com os empregados ele não tinha contato, somente com os dez líderes. " Jerzy Gross. " 

Na fábrica de Schindler, o magro rapaz tinha que tinha que perfurar profundos buracos de 30 centímetros no piso de concreto. " com martelo e talhadeira, era muito cansativo
. Por dia eu só conseguia um buraco." 

Jerzy Gross via Schindler de modo crítico., fala ele sobre seu salvamento. " ...mas isso ele não fazia por amor ao próximo. Nós éramos para ele somente mão de obra.". "Schindler so se interesava por mulheres, dinheiro e álcool. Ele era um homen de negócios muito esperto e sabia que sem nós ele não ganharia dinheiro. Somente por isso ele nos protegia das execuções. " 

Na fábrica de Schindler , os escravos dormiam em cima concreto liso seis vezes por semana, a comida era pouca, todos contaminandos com pulgas e piolhos, as instalações sanitárias eram um horror. 

Isso só mudou em 10 de maio de 1945, o dia da libertação. Até aí Schindler já tinha fugido. Gross :" eu sofria de tífo, com 15 anos eu pesava só 27 quilos. A perseguição aos judeus não terminou com nossa libertação, ela continua até hoje.

Gross trabalhou depois na redacção de uma rádio e foi pai. Em 1958 a jovem família deixa a Polónia e se muda para Israel, mas lá também ele teve que se justificar.: " quando descobriram o que eu fazia, sempre me perguntavam : você fez pra sobreviver? Quantos vocês traiu?"

Mais tarde ele volta a viver na Alemanha e soube do pagamento de reparações. " mas o prazo já tinha acabado. Só me fizeram promessas." Depois de uma longa batalha judicial ele recebeu em 1968 14 mil Mark. 

" Nas repartições públicas era perceptível o quanto nos éramos indesejáveis. Mesmo assim eu lhes digo que tudo que passamos não dá pra ser esquecido e nem indenizado com dinheiro." 

Gross trabalhou na alemanha em um bar e tocava gaita. Até que no Verão de 1980 ele é diagnosticado com mal de Parkinson. Já que seu aposento não dava nem pra pagar as contas ele teve que voltar a trabalhar com auxiliar na KARSTADT ( uma loja de departamento). 

Jerzy Gross faleceu no dia 15 de Agosto de 2014. 

Matéria do jornal bild, traduzida por mim.