APRIL 1945, OS RUSSOS OCULPAM BERLIM E ABUSAM DE MILHARES DE MULHERES. MARGARETHE É UMA DELAS. ANTES DE MORRER, ELA FALOU SOBRE SUA HISTÓRIA ENQUANTO SUA NETA ANOTAVA TUDO.
Margarethe tinha 22 anos , quando teve ver como os soldados russos abusavam da sua mãe. Ela se viu desamparada quando os mesmo homens começaram abusar sua tia. Ela não conseguiu evitar que os homens levassem sua irmã.
Margarethe liga para uma amiga, ela não quer acreditar no que está acontecendo.São vários por mulher, eles gritam, agridem e ameançam...
Margarethe se defende. Com 1,60cm ela consegui fugir por uma janela de vidro, que a tempos já estava quebrada. Talvez ela prefira deixar uma parte do seu amor morrer, do que ser ameaçada e morta. Como enfermeira da Cruz Vermelha Alemã, talvez ela saiba que uma queda do segundo piso não segnifique um pescoço quebrado. Ou talvez ela nem pense nisso mas que ficar ali não seria uma boa opção. Ela está cansada da vida, cansada da vida em uma Berlim destruida pela bombas. Ela cai e pensa no seu pequeno filho, no qual ela não pode ser mãe , até agora, uma mãe verdadeira que ela sempre quis ser. O seu corpo sobreviveu a esse dia.
VÍTIMAS DA GUERRA, VÍTIMAS DAS BOMBAS E DAS AGREÇÕES
Quando Margarethe acorda, ela está na Charité, em uma cama. Nesse momento ela entra em pânico, ela está deficiente. Ela fecha os olhos para esse pesadelo chamado vida.
Margarethe passou várias semanas no hospital, dessa vez como paciente e não como cuidadora. Ela é , apartir de agora, mais uma vítima dentre outras vítimas de bomba, queimaduras, acidentes e da guerra.
Uma enfermeira lhe dá morfina, enquanto um médico lhe reitera que ela tem que ficar deitada para que sua vértebra quebrada possa se curar .
Margarethe resisti. Ela está em sala com vários feridos e tem tempo para pensar. Ela pensa na sua família, no seu pequeno Michael, que ela não pode ver pois ele está com parentes. No seu primeiro bebê que não foi capaz de sobreviver a guerra. Ela não consegui se perdoar de não ter tido leite para seu filho. Pensamentos no seu Gerhard, no seu homem, antes cheio de vida e agora um ser frio por causa da guerra e em algum lugar da Itália. A sua última carta não havia sinais de preoculpação, mas parecia uma carta ordenada por seu capitão, que ela deveria sobreviver e ser forte.
Enquanto ela passa noites se mexendo na cama, cheia de feridas e nojo de si mesma , ela deixa que os comprimidos de morfina vá desaparecendo do seu criado-mudo, para que não se torne uma viciada. Pensamentos de uma enfermeira. Mesmo que pela noite não caisse bombas, ela acordava assustada e molhada de suor ou por causa dos pesadelos dos outros. Quando tudo estava em silêncio, ela escutava os gritos do seu Michael,na sala ao lado. enquanto ela esperava não engravidar dos russos.
ELA NUNCA SE PERDOU POR NÂO TER TIDO LEITE PARA SEU BEBÊ.
No dia 15 de maio ela completa 23 anos. Uma idade onde, normalmente a parte séria da vida começa. Para ela , ainda não está claro que seu país tenha ido tão longe. Onde tudo era tão rosado a anos atrás. Se ela sobriver tudo isso, ela não quer nunca mais passar fome. Pelo menos ela não tem mais medo da morte, pois ela viu tudo de ruim que uma pessoa pode ver nessa vida; à última vez, a algumas semans atrás.
Sona o alarme de bomba. Ela corre para dentro do porão para se proteger dos ataque aéreos. Uma mulher desconhecida e que tava ferida lhe colocou seu bebê nos seus braços, no pensamento que Margarethe o passase adiante. Atráves de um pequeno buraco ela ver um pedaço do cérebro da criança. Ela passa o bebê para um Hitlerjungen, esse levou o bebê para um hospital.
Um dia antes que os russos chegassem em Bergmannkiez, ela viu a mulher desconhecida com seu bebê . Margarethe salvou uma criança, mas mesmo assim ela não tinha prazer nisso.
Ninguém ajudou a ela quando ela não tinha leite para seu filho. Mas ela não culpa ninguém. Cadáveres, bombas, saques, medo da morte, assassinatos,miséria... tudo isso ele teria presenciar. Em 2 de maio o último comando de Berlim se rendeu, a batalha acabou. Margarethe também se rendeu, como mulher, ela perdeu a batalha contra os russos.
Duas semanas depois,em um maio abafado, agora já com 23 anos, mas sem nenhum motivo para comemorações, ela vai para fora fazer exercícios para voltar a andar. Um médico jovem a observa, como ela cai e volta a se levantar sem ajuda. Ela soa muito, senti muitas dores, sobretudo no seu ventre, que havia sido raspado por medidas de segurança, por causa de um aborto e de sífilis.
O médico lhe oferece um cigarro e pedi para ela não inalar. Ele sabia que ela não tomava comprimidos para dor. Ele a abraça, ela se sente protegida.
Por um momento tudo está bem. O ''Führer'' está morto. Mas mesmo assim ela tem medo quando pensa na sua casa. A sua vivenda na rua Baruther, perto do cemitério, não passa de escombros e fumaça. Desde da visitas dos russos, sua mãe e sua tia vivem com conhecidos em Köpenick. Sua irmã Gerda agora conseguiu um trabalho.
SEM VONTADE MAIS DE SER MULHER
Chega o dia sua alta do hospital.
Ela não sabia que o pior não tinha acabado. O verão era muito quente.. Mulheres destroçadas encontravam soldados traumatisados. Margarethe espera por Gerhard, os primeiros desertores chegaram, se escuta quando alguns falam de prisão de guerra.
Nenhum desses homens são mais como antes. Principalmente seus corpos. Eles estão pálidos e quase invisível.
Sua mãe mal fala, mal come. Ela perdeu a vontade de viver. Sua tia também prefere não falar e passa a maior parte do tempo trabalhando sobre os escrombos. Sua irmã trabalha como doméstica para as tropas americanas, em troca de um teto e comida. Ela tem um plano, ela quer dá as costas para a terrorisante Alemanha e ir para américa e encontrar um marido.
Antiguamente elas compartiam tudo uma com a outra, mas guerra deixou uma marca na sua vida .Toda intimidade e confiança está destruída. Margarethe e Gerda já nem se abraçam mais como antes. Aproximação corpo a corpo e a afeição familiar já não existe mais. Somente lembranças.
As quatro mulheres da casa, não falam sobre a visita dos russos e nem do que a violação provocou. Com só em olhar nos olhos de outras mulheres, Margarethe já percebe que elas também passaram pela mesma desgraça. Elas tomam o feito dos russos como punição pela guerra sobre seus próprios corpos. Como penitência, a capitulação dos seus corpos diante do inimigo. Quando sua mãe morreu de fomen no inverno de 1945, a raiva e rancor pelos russos aumentaram. Mas então ela decidiu não olhar mais para atrás. Seu segundo filho, Michael, agora está com 2 anos. Ela quer tentar ser uma boa mãe apartir de agora.
O pensamento em voltar a ser mãe, está distante. Talves um dia ela queira ter uma filha, como ela sempre desejou. Uma menina poderia ser a salvação do seu matrimónio, que se tornou um fardo provocado pela trauma da guerra. Gerhards também não gosta de falar do sofrimento nos campo de batalha.
Texto publicado hoje pelo site Welt.de e traduzido por mim.
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