No mês de junho de 1919 aconteceu na pequena cidade de Weimar a conferência do partido
democrata social. O debate era em torno do tratado de Versalhes e sobre a culpa pela guerra, se as condições iriam ser aceita ou recusadas. Eduardo Bernstein, um critico questionador, solicitou aos outros integrantes do seu partido que submetessem os créditos da guerra a analise, mas ele foi calado pelos próprios companheiros de partido. Autocritíca não era bem aceita naquele momento vergonhoso.
Weimar, onde aconteceu a Assembleia Nacional do Reich, recebeu em primeira mão a notícia sobre trágico futuro da Alemanha. Entre 16 e 17 de junho eles esperavam, impacientes, a volta da delegação de paz alemã de Versalhes. A delegação, sob a condução do ministro de relações exteriores , Ulrich Graf von Brockdorff-Rantzau, trazia más notícias: os aliados permaneceram duros e inflexíveis. O império alemão levaria toda a culpabilidade pela guerra, e os franceses queriam ir mais a diante, os alemães deveriam ,ainda, serem castigados. Nenhuma mudaça foi aceita no contrato de paz assinado no dia 5 de maio. A delegação alemã tentou pedir uma indulgência, mas foi em vão.
Em vão também foi o rogatório preparado pela população, com a esperaça que os céus escutassem suas orações e que a delegação voltasse com boas notícias. O jornal da cidade ''Weimarische Zeitung'' relatou:'' sob os toques dos sinos , a praça toda reunida por direito a paz , antes que os cubos caissem sob a Alemanha. Todos quietos, jovens e senhores, pobres e ricos. Nos corações de todos , que se encontravam na praça , encendia o amor e fidelidade...Eles nos querem fazer indigente e desonrados para o futuro.''
Com a chegada da delegação na cidade, todos os representantes dos partidos falavam de '' desonra'' e ''mentiras de guerras''. Eles recusaram, por unanimidade, o contrato e o consideraram como ''vingança maligna'' dos vencedores. Ao mesmo tempo que eles tinham que reconhecer sua impotência, pois, ou eles aceitavam as exigências ou os aliados colocariam em prática sua ameaça de oculpar a Alemanha. A força motriz desse sufocante tratado de paz, foi sem dúvida o ministro francês de relações exteriores, Georges Clemenceau.
A FRANÇA QUERIA ESTABELECER NOVAS FRONTEIRAS
Durante as negociações do tratado de paz, Clemenceau tinha o seguinte objetivo; A Alemanha tinha que ceder regiões do leste e do ocidente, seu armamento teria que ser drasticamente limitado, cumprir com as reparações estabalecidas e aceitar um ''sistema de aliança na Europa central'' e que mais tarde seria a ''pequena entente''. Entretanto, a Inglaterra alertou que estariam indo longe demais com o enfraquecimento da Alemanha, isso poderia levar a um bolchevitismo da Europa central e uma França superpoderosa. Apesar disso, Clemenceau tentou avançar com as fronteiras da França até o rio reno. Mas ele topou com a resistência dos Estados Unidos, no final ele teve que se contentar com uma desmilitarização da Renânia, mas conseguiu estabelecer uma oculpação militar na margem esquerda da cabeceira das pontes do rio reno em Colónia, Mainz e Koblenz. O tempo de oculpação foi estipulado em 15 anos. O território de Sarre, que estava baixo o poder da Liga das Nações, depois de quize anos, decidiu , através de um referendo pela permanência. A devolução do território da Alsácia-Lorena para França foi algo que não se pôde nem contestar. A Dinamarca recebeu uma estreita faixa de fronteira do estado de Schleswig-Holstein e a parte da Prússia ocidental, o território da Posen e uma parte da Alta Silésia foram cedidos para reconstrução da Polónia.
A Alemanha perdeu cerca de 15% da produção agrícola, 20% da exploração de minas e de ferro, como também 6% a 7% da indústria de transformação. Bem como todas as colónias com matéria-prima preciosa e produções naturais exótica. Entretanto as sanções colocadas pelo presidente americano, Wilson, eram ainda mais sufocantes e ameaçadora para a existência da Alemanha. Ele exigia indenizações para todos os danos causado, através da primeira guerra mundial, aos aliados ocidentais. Wilson estava sob pressão da economia americana. A Inglaterra e a França exigiam dos Estados Unidos o reembolso dos créditos cedido para compras de armas. Para os vencedores parecia lógico tirar proveito financeiro da Alemanha. Por cautela, Wilson não fixou uma quantia exata para as reparações. Segundo ele, uma ''comissão especial'' iria fazer averiguações. O governo alemão se encontrava em uma situação difícil. Se ele assinasse as condições, a economia alemã estaria exporta a uma bankrott, se ele se negasse, o país seria oculpado e perderia a independência.
No dia 7 de maio de 1919 os aliados entregaram a delegação alemã o tratado. Quando o conteúdo foi revelado, uma onda de protesto se espalhou por todo o país. Contudo, os aliados so estavam preparado para permitir um plebiscito sobre a filiação da Alta Silésia. Agora, toda Alemanha mostrava resistência. Os militares analisavam com o que eles iriam se deparar no caso de uma oculpação. Um plano que o chefe-general francês, Ferdinand Foch , já tinha sobre sua mesa. O resultado do estudo teórico se mostrou preoculpante: O chefe do Estado maior , Paul von Beneckendorff e Hindenburg e o chefe do quartel general Wilhelm Groener- ele conduzia a retirada e demobilização das tropas- tinham que mostrar que as resistências eram inútil. No dia 22 de junho, o governo alemão assinou o tratado.
Depois dessa decisão o governo teve que conviver com a constante acusação de ter entregado o país sem hesitar. Uma grande parte da população rejeitaram o partido democrático e foram presa fácil para os grupos de extrema-direita e nacionalismo popular, a frente o NSDAP e seu carismático Führer, Adolf Hitler.