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sexta-feira, 18 de setembro de 2015

Sem piedade do inimigo; em julho de 1941 o exército alemão invadiu a união soviética. Essa guerra custaria a vida de 27 milhões de pessoas.

                         Civis soviéticos sendo fulizados


De 1941 até 1945 , a Alemanha e a União Soviética travaram entre si uma guerra. Como sempre nesses tipos de conflitos o agressor tentar encobrir sua intensão e deixa a culpa com o adversário. Nessa caso também não foi diferente. Hitler e seu ministro de propaganda, Joseph Goebbels, tentando iludir o mundo,ousaram dizendo que "o ditador russo Josef Stalin estaria planejando invadir a Alemanha e por isso seria necessário travar uma guerra preventiva contra o império do bolchevismo." Dessa forma o regime nacional-socialista não sor tentava justificar suas pretenções como também motivar os soldados para a batalha. 

Naquela época, verão de 1941, a maioria dos alemães acreditavam nessa propaganda. E mesmo com fim da guerra, durou mais de dez anos até que a maioria da população reconhecesse a verdade; que essa guerra foi travada pela Alemanha, provocado pelos criminosos do nacional-socialismo. 27 milhoes foi número de mortos do lado soviético. Foi o maior crime de muitos que o estado de terror alemão comenteu. 



Em 22 de junho de 1941 o sinal de ataque foi dado Hitler mesmo, que na época era o líder supremo no comando da Wehrmacht( exército alemão). Ele ordenou que bem cedo 3 milhões de soldados pegassem seus modernos aparatos de guerra e se dirigisse em direção ao enorme país do outro lado do Meme e o conquistassem. Entretando até mesmo Hitler não poderia da tal ordem sem o consentimento dos demais integrantes da NS. A "operação Barbarossa", como foi chamada a campanha, tinha o apoio dos principais dirigentes da NSDAP. O plano também animou muitos generais da Wehrmacht, dirigentes da economia e também a igreja. 

Mas como explicar tudo isso? Certo que nesse sistema ditatorial , em que o NSDAP e a Wehrmacht são a coluna principal, a obediência militar tem um papel muito importante. Mas isso não explica tudo. Somente depois que nós nos familiarizarmos com a imagem que o nacional-socialismo pregou da Rússia no começo do século 20 , é que poderemos explicar a causa da prontidão dos alemães em  declarem guerra ao enorme país europeu. 

Embora a imagem da Rússia nem sempre tenha sido negativa e hostil: no período de Bismacks,  a Rússia era para os alemães um país distante e cheio de segredos, com cultura significante, hospitaleiro e que gerava curiosidade pela a "misteriosa alma russa". 
No começo dos anos 20 a imagem da Rússia desenvolveu grande interesse nos nacionalistas alemães. Isso consistia em três linhas; primeiro, a Rússia era enorme, entretanto estruturalmente fraca-um colosso de barro. Segundo, os Alemaes era economicamente, militarmente, politicamente e intelectualmente superior aos russos e aos eslavos. Terceiro, o celeiro da  Rússia , a Ucrânia, era de grande interesse para a política de expansão alemã. 

Isso quer dizer que já existia um interesse econômico e militar em um conflito bélico para a anexação do país já mesmo antes da primeira guerra mundial. Em março de 1918 no "ditado de paz" de Brest-Litowsk se pode ter uma noção que caso a Alemanha invadisse o leste, isso levaria a uma brutal submissão e saques a Rússia. Em 1941 os nacionais-socialista colocaram essa plano em pratica. 

A imagem da Rússia como um "colosso de barro" levou a uma sequência de erros de planejamento. Ao mesmo tempo que a Rússia tinha os nazistas como inimigo perigoso e inferior, Hitler dizia que os eslavos não estavam em condições de fundar um estado , pois bolchevismo judeu tinha tirado o país dos trilhos e esse nescessita de dominação estrangeira. Uma fatal combinação de ideologia racista e conspiração antisemita que com os ataque de 1941 teria um terrível efeito. Judeus, bolcheviques e eslavos se tornaram igualmente alvos da vontade de destruição dos alemães. 

Em  30 de março 1941Hitler chamou os 250 comandantes do Wehrmacht que iriam coordenar a guerra no leste e fez um discurso cheio de ódio  e delineou um plano de extermínio.  Mesmo reconhecendo que esse plano era contra os direitos internacionais, poucos dos oficiais do Wehrmacht protestaram e mesmo assim com indiferença. Diferente do exército vermelho, o Reichswehr não precisava nomear comissários políticos para indoutrinar os soldados, os generais faziam isso. 

A ordem era atacar o "inimigo do povo alemão- os bolchevique e os judeus"  sem nenhuma consideração . Tudo que tivesse alguma ligação com o bolchevismo e o judaísmo tinha que ser impiedosamente destruído. Além disso todo, os comissários político do exército vermelho deveriam ser assassinados de uma vez. Os soldados tinham permissão para atacar os cívis sem temer que poderiam responder judicialmente por isso.

Em junho de 1941 o departamento de propaganda do Wehrmacht enviou panfletos que foram distribuídos entre as tropas de número 112 com a seguinte exigência em forma de motivação ;" se trata de aniquilar esse sub-povo que estão em Moscou encorporando como governante. O povo alemão está diante do maior desafio da sua história. O mundo verá que iremos resolver esse problema por completo." 

No decorrer da guerra, As ordens e as propagandas provocaram nos alemães uma brutalidade sem procedentes. O objetivo não era só combater o inimigo e avançar contra o exército vermelho, através da blitzkrieg. O Wehrmacht e a SS queria levar a cabo um programa racista de extermínio contra os ideológicos grupos de inimigos. 

Essa guerra de extermínio custou a vida de mais de 27 milhões de pessoa na União Soviética. Em torno de 10 milhões de soldados do exército vermelho caíram durante a batalha e mais de 3 milhões morreram nas prisões alemã. Três milhões de judeus soviéticos foram mortos pelo os alemães e 10 milhões  de civis soviéticos se tornaram vítimas da política de extermínio dos nazistas. De acordo com o historiador britânico Richard Overy 70.000 povoados, 1.700 cidades, 32.000 fábricas e 65.000 de trilhos de trem foram destruídos pelas tropas alemã. 

Os planos que Hitler, Heinrich Himmler, chefe da SS e outros líderes da ditadura Nazista tinham, iam mais além do que a execução do crime em si. Durante a tomada do leste europeu eles aplicaram a "fome"  como arma de aniquilamento, que custaria a vida de mais de 30 milhões de eslavos. Um cenário que foi desenvolvido pelo secretários de estado nazista Herbert Backe e Hans Joachim. 


Não dá pra avaliar com exatidão quantos civis, da hoje Bielorússia, Ucrânia, Báltico e em muitas cidades da Rússia , morreram através da política da fome dos alemães. Em 8 de setembro de 1941 Lenigrad, hoje Sant Petensbug, foi cercada pelo exército alemão e pelo seu aliado Finlândia e ficou quase 900 dias isolada do resto do mundo. O objetivo do cerco era matar a população de fome e cede. 

Mais ou menos 1 milhão de pessoas morreram através desse lento genocídio. A cidade de Stalingrado ( desde de 1961  foi rebatizada de Wolgograd) que tinha o nome do ditador soviético, tinha um enorme significado para ambos os lados. Os planos de Hitler era arrasar com a cidade juntamente com Lenigrad e Moscou. 



Os alemães estavam se saindo bem com a destruição, entretanto quem teve a vitória militar foi o exército vermelho. Por primeira vez as tropas soviéticas conseguiram cercar por completo todo um exército alemão de mais ou menos 260 mil soldados e os obrigar a capitulação. A batalha custou a vida de mais de um milhão de soldados e civis. Mesmo assim, depois dessa vitória  o exército vermelho continuo a lutar com mais auto-confianca até que em abril de 1945 eles tomaram Berlin. 

As lembranças dessa guerra patriótica está presente até hoje na Rússia. Mas ressentimento contra os alemães, os russos não tem, pelo contrário. Para muitos a história mostra que a boa relação alemã -russa é mais longa do que a guerra. Diferentemente do que os alemães pensam, já na época da união soviética, vigorava a diferença entre o povo alemão e às lideranças facistas. " Hitlers vem e vão , mas o povo e o estado alemão , fica" Josef Stalin. 


quinta-feira, 17 de setembro de 2015

Rússia e Alemanha; uma cooperação que custaria mais tarde a derrota dos alemães.


O 1 de novembro de 1942, foi para os alemães um dia fatídico. Sem nenhuma suspeita, o exército vermelho , começava com toda força , a ofensiva "uranos" pelo norte  e pelo sul de Staligrand . Os tanques de guerra rompiam as linhas alemãs e avançavam com movimentos de alicates. Depois de 4 dias as duas cunhas de tanques se encontravam em Kalatsch, a 100 quilômetros leste de Staligrand. O sexto exército estava cercado. 

Com este êxito as forças armadas soviética mostravam, que depois de um 1 ano e meio de guerra, que eles estavam prontos novamente para grandes ofensivas. Mas do que isso, que eles já podiam utilizar de maneira eficaz a tecnologia dos tanques de guerra. 

 Tão logo os oficiais do wehrmacht perceberam quem lhes tinham derrotado; o comandante do quarto corpo de tanques, Andrej Grigorjewitsch Krawtschenko. Ele era bem conhecido deles. Com ele os oficiais já tinham bebido, jogado e conversado bastante sobre trabalho. Mas onde os futuros inimigos já tinham se encontrado? 

Pra responder essa pergunta, temos que voltar até o ano de 1919, época do tratado de Versalhes. Já que a Alemanha estava proibida de armar novamente seu exército, o Reichswehr e o Exército Vermelho fecharam um acordo secreto de cooperação militar; a união soviética disponilizava balaustradas e equipamentos para treinos e em troca recebia Know-how dos alemães. Dessa forma surgiu em Lipezk uma escola de aviação, em Wolsk , com o codename Tomka , foram feito teste com agentes de guerra químicos e na cidade de Kasan os oficiais testavam tanques blindados. 

Enquanto o Reichswehr em Lipezk  era bem mais equipado, com mais ou menos  220 pilotos e observadores de voo, em Kasan a proporção era bem mais modesta. Em 1926 surgiu ali uma escola secreta de tanques de guerra com o nome Kama- um acrônimo de Kasan e do sobrenome do primeiro diretor Wilhelm Malbrandt. Até setembro de 1933 em torno de 30 oficiais alemães foram formados ali, no âmbito da cooperação militar. Os soldados russos também passaram por um curto período de tempo por uma formação e especialização em tanques de guerra,entre eles estava Andrej Krawtschenko. 

No começo o projeto acontecia de maneira moderada. Somente em 1929 é que chegaram os seis  " grandes tratores", chamados de carro blindado de guerra. Mesmo infringindo o tratado de Versalhes , Eram as empresas de armamentos alemãs quem produziam os protótipos. Camufladas em grandes caixas de madeira, os tanques iam de trem para Stettin, depois de barco para Lenigrad, hoje St. Petersburgo e continuava  de trem até Kasan. 

As exigências às empresas de armamentos eram grandes; o "grande trator " tinha que ter um canhão de 7,5 centímetros e duas metralhadoras. Mesmo pesando 16 toneladas, ele teria que andar 40 quilômetros por hora, conseguir percorrer a 80 centímetros baixo da agua e superar corvas de um metro e meio. Alem disso ele tinha que conseguir fluctuar , ser vedado a gases tóxicos e esta equipado com sistema de rádio. E as empresas tinham que construir diferentes tipos de engrenagem; assim a Krupp conseguiu o contrato do exército para servir as engrenagens com pressão de ar, a Rhein-metall com sistema elétrico e a Daimler com pressão de óleo. Na época um engenheiro escreveu a seu general que " tirando a parte de voar, exigiram bastante".

Muitas dessas cartas, também dos cursastes,  que até o momento ainda não tinham sido analisadas e estavam no arquivo militar, descreviam Kama como provisório ;o corpo docente era quase da mesma posição dos cusantes; cada um era especializado em alguma área, não só em tanques de guerra. Malbrandt , um especialista em ferrovias, exigia rigorosa obediência. Durante a comida ele proibia as conversas. O ambiente era miserável. Dessa forma a escola não podia funcionar. 

Os tanques também não animavam os engenheiros. O protótipo da Daimler falhou já no primeiro dia e ficou quardado na oficina sem nenhuma função. Os motores de outros tanques produziam vibrações violentas e super-aqueciam as cabines, os vapores de óleos e gases poluíam o ar. Sempre depois de cada exercício os condutores saltavam dos tanques quase surdos e todo ensopados de óleo. E eles ainda tinham que ficar em silêncio, como cadetes, durante as refeições no cassino! Os cusantes não aceitaram isso e em 1929 Malbrandt foi substituído por Ludwig Ritter von Radmeier. 

Somente uma cerca patrulhada separava os alemães de uma unidade do exército vermelho. No portão principal ficavam os soviéticos e eram eles quem controlavam a entrada e a saída,  as faxineiras eram contratadas pelo serviço secreto e examinavam as gavetas dos alemães. Nas oficinas os engenheiros soviéticos seguiam cada passo de montagem dos tanques. 

Todo começo de ano entravam soldados do exército vermelho, sem distintivos de posto, para irem à escola com os alemães. Ninguém nunca soube dizer quem eles eram exatamente- podiam ser tenentes da inspeção de tanques de Moscou ou engenheiros dos tanques de teste de Lenigrad. Uma vez por semana eles faziam as refeições juntos e sempre acabava em horríveis bebedeiras. 

Eles se sentavam lado a lado e surgia tensão entre as mulheres dos professores. Muitos dos cusantes sofriam escorbuto, por falta de vitamina C na comida. Em 1932 o terceiro diretor da Kama, Joseph Harpe, criou um jardim de verduras e dava aos formados férias extras que poderiam ser navegar pelo rio Wolga ou viajar até Cáucaso. 
Até 1933 nenhum engenheiro da Krupp e nem da Rhein-metall consigam resolver os problemas de chassis do Tanque. Se durante as manobras alguém quisesse escolher um alvo, tinham parar toda vez. 

Apesar de todas panes, os responsáveis decidiram em 1932 pelo "grande trator" como futuro tanque de guerra- mesmo tendo aprendido em Kama como não se deve produzir um tanque. A situação crítica também foi vivida por Andrej Krawtschenko. Naquela época a tática de "Stosskeil", que teria sido responsável pelo sucesso de Stalingrado, ainda não tinha sido criada. Mas com o trabalho conjunto em Kama, Krawtschenko já estava familiarizado com a mentalidade dos oficiais e engenheiros alemães. Ele conhecia a predileção deles pelo alvo-óptico e pelo sistema de comunicação dos tanques. Com isso ele já sabia o que era de se esperar de um tanque alemão. 


Por outro lado os engenheiros soviéticos deram um grande salto nos anos trinta. Com ajuda dos americanos eles conseguiram resolver o problema do chassis. O wehrmacht só percebeu esse avanço, quando os soviéticos os atacaram no verão de 1941. Os Alemães toparam com um desconhecido tipo de tanque; o T-34 tinha rodas de cora relativamente grandes, era rápido, leve e mesmo assim robusto. Ele podia andar e atirar ao mesmo tempo, só não voava.